sexta-feira, 25 de julho de 2014

25 DE JULHO – DIA INTERNACIONAL DA MULHER NEGRA


“Sou negra e não tenho um dia... tenho uma vida uma história uma cultura um valor um sonho. Consciência? Mas o que é isso mesmo? Prefiro a inconsciência dos desejos, dos ébrios, dos loucos e dos apaixonados. Meu dia são todos os dias. De consciente mesmo só a minha negritude claramente estampada na retina do branco-branco.”  (Poema composto para a peça teatral VAGABUNDOS, Teatro do Sesc, Fortaleza- CE)



Embora não haja registros oficiais sobre a existência da Escrava Anastácia, sua história é conhecida e divulgada por toda parte. A  Escrava Anastácia era uma escrava muito linda, que despertava o interesse e cobiça dos homens. Ela era muito atenciosa e era curandeira, ajudava os doentes e com suas mãos, fazia verdadeiros milagres. Sendo sempre assediada, mesmo sedo escrava, se negou a ir pra cama de seu dono e senhor. Essa atitude causou-lhe extremo sofrimento: apanhou muito e foi sentenciada a usar uma máscara de ferro por toda a vida. Alguns dizem que foi a esposa do seu senhor que, por ciúmes, a obrigou usar a máscara. Outros, que quando foi estuprada, arranhou o rosto do rapaz – por este motivo, foi castigada com a máscara, só tirada às refeições.  Foi muito espancada, e sofreu verdadeiros martírios por toda a sua vida. Ela é um símbolo de força, garra e honra, da mulher que jamais se dobrou às injustiças.  
Em 1992, no decorrer do I Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-caribenhas, foi instituído o dia 25 de julho como dia internacional da mulher negra latino-americana e caribenha.
Não é apenas um dia comemorativo, mas sim um marco internacional da luta e resistência da mulher negra contra a opressão de gênero, racismo e exploração de classe.
Contudo, é impressionante o número de mulheres, negras ou brancas, que são escravizadas por seus companheiros e patrões... Ainda, em pleno século XXI, continuam acuadas e sofrendo assédios, agressões. Trabalham em igualdade de competência e período, no entanto o salário ainda é inferior.



Muitas regras vêm sendo alteradas no decorrer do tempo, mas ainda existe uma discrepância muito acentuada a ser dizimada...

Temos urgência em preparar um mundo mais digno para nossas meninas. Que elas possam ser respeitas, tratadas com a dignidade que merecem. Que possam ter direito a uma casa, à saúde, à educação, ao trabalho (salário digno e escolha da profissão), ao lazer, ao amor... sejam elas negras ou brancas!













Edição n.ª 945 - página 05












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