Todo “vestido” de verde e amarelo, como se vê pelas imagens da
Igreja da Penha (1), do Palácio do Rio Branco (2) e do Cristo Redentor (3), no
Rio de Janeiro; do Palácio de Karnak (4), em Teresina (PI); do Monumento às
Bandeiras (5), em São Paulo; e até da casa verde e amarela (6), em algum lugar
do Brasil, o país comemorava os resultados dos jogos da Copa, até a semifinal
de terça-feira.
“Os pessimistas e a elite branca
deram com os burros n’água: a Copa do Mundo no Brasil é um sucesso. A bola está
rolando redondinha, os gramados estão todos verdinhos e o país chegou até aí
batendo mais um recorde: gastou com os estádios da Copa mais do que Alemanha e
África do Sul juntas. Com brasileiro não há quem possa. Aos espíritos de porco
que ainda têm coragem de reclamar do derrame sem precedentes de dinheiro
público promovido pelos faraós brazucas, eis a resposta definitiva e
acachapante: a Copa no Brasil tem uma das maiores médias de gols da história.
De que adianta ficar economizando o dinheiro do povo, evitando os
superfaturamentos e as negociatas na construção dos estádios, para depois
assistir a um monte de zero a zero e outros placares magros? Fartura atrai
fartura. Depois da chuva de verbas, a chuva de gols. É a Copa das Copas. Se
você não suporta mais essa alquimia macabra, que faz qualquer sucata populista
virar ouro eleitoral, faça como os atletas do Felipão: chore”, ironizou
Guilherme Fiuza (O GLOBO, 5/7).
Ou, mais eficiente do que chorar,
vote!
Porque, vale lembrar: o voto dos
que não concordam com, e se revoltam contra, toda essa situação vale exatamente
tanto quanto o dos que concordam, aprovam, tiram proveito, provento e vantagem
das comissões que escoam dos desvãos oficiais.
Estes últimos, os que esbanjam
versões e justificativas para toda essa falcatrua que aí está, sem a menor
duvida vão depositar seu voto favorável à continuação desse descalabro.
Então, os outros, os que discordam
e se revoltam com tal situação, os que “não suportam mais essa alquimia
macabra, que faz qualquer sucata populista virar ouro eleitoral”, têm a grande
responsabilidade de ir votar.
Cada voto válido contra “o que
está aí” é um voto necessário! Anular o voto, votar em branco ou não ir votar
(cidadãos entre 16 e 18 anos, ou de mais de 70 anos) favorece a continuidade
disso tudo que execramos.
Às urnas, portanto, em 5 de
outubro!
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