sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

AQUECER O FRIO INTERIOR!



“Cinco homens ficaram bloqueados numa caverna por uma avalanche de neve. Teriam que esperar até o amanhecer para receber socorro.
Cada um deles trazia um pouco de lenha e havia uma pequena fogueira ao redor da qual eles se aqueciam. Se o fogo se apagasse, eles sabiam que todos morreriam de frio antes que o dia clareasse. Chegou a hora de cada um colocar sua lenha na fogueira. Era a única maneira de poderem sobreviver.
O primeiro homem era um rico avarento. Ele estava ali porque esperava receber os juros de uma dívida. Olhou ao redor e viu em torno do fogo, um homem da montanha, que trazia sua pobreza no aspecto rude do semblante e nas roupas velhas e remendadas. Ele fez as contas do valor da sua lenha e enquanto mentalmente sonhava com o seu lucro, pensou:
- Eu não vou dar a minha lenha para aquecer um preguiçoso!
O segundo homem era o oprimido. Seus olhos faiscavam de ira e ressentimento. Não havia qualquer sinal de perdão ou mesmo aquela superioridade moral que o sofrimento ensinava. Seu pensamento era muito prático:
- É bem provável que eu precise desta lenha para me defender. Além disso, eu jamais daria minha lenha para salvar aqueles que me oprimem. E guardou suas lenhas com cuidado.
O terceiro homem era o pobre da montanha. Ele conhecia mais do que os outros os caminhos, os perigos e os segredos da neve. Ele pensou:
- Esta nevasca pode durar vários dias. Vou guardar minha lenha.
O quarto homem parecia alheio a tudo. Era um sonhador. Olhando fixamente para as brasas, nem lhe passou pela cabeça oferecer a lenha que carregava. Ele estava preocupado demais com suas próprias visões e ilusões para pensar em ser útil.
O último homem trazia nos vincos da testa e nas palmas calosas das mãos, os sinais de uma vida de trabalho. Seu raciocínio era curto e rápido:
- Esta lenha é minha. Custou o meu trabalho. Não darei a ninguém nem mesmo o menor dos meus gravetos.
Com estes pensamentos os cinco homens permaneceram imóveis. A última brasa da fogueira se cobriu de cinzas e finalmente apagou.
Ao alvorecer do dia, quando os homens do Socorro chegaram à caverna encontraram cinco homens congelados, cada qual segurando um feixe de lenha. Olhando para aquela triste cena, o chefe da equipe de Socorro disse:
- “O frio que os matou não foi o frio de fora, mas o frio de dentro”.


Essa realidade anda muito próxima de nós! Existe muito egoísmo entre as pessoas. A humanidade ainda caminha com avareza, com ilusões, com opressão, com desrespeito aos valores espirituais e éticos...
Todos os sentimentos contraditórios que estão dentro de nós precisam ser revistos. Os sentimentos devem ser reavaliados, transformados e envolvidos pela solidariedade.
Esse período de Natal provoca em nós essa atitude de consideração e reconsideração das coisas que fazemos e gostamos de ter ou ser.
Só a partilha, a troca dos dons de cada um, a amizade e carinho com os outros trazem vida e entusiasmo... O bem comum precisa ser valorizado para que aconteça a realização dos ideais e do bem para todos.
O amor mostrado pelo Menino do Natal tem a força de aquecer a frieza e o desânimo do coração das pessoas. Só o clima de perdão, de abraços, de votos positivos de saúde e alegria pode mudar o coração sem esperança.
Se cada um se render à simplicidade, ao desprendimento e  à singeleza do Menino Jesus, alguma coisa maravilhosa pode acontecer na vida, pois só depende de nós tomar novas atitudes, ter novos gestos e olhares na convivência do cotidiano.
Nada é tão fácil!
A vida corre, os problemas são muitos, o trabalho é exigente, as crianças precisam de amor e educação, os preços sobem, o trânsito é difícil, o relacionamento com as pessoas exige tolerância...
Precisamos de ajuda, de força, de luz que vêm do Menino Jesus do Natal!
É preciso abrir o coração e a mente e pedir, agradecer e conversar com Ele sem constrangimento, sem medo... Com liberdade e vontade de quem quer ser melhor!
Vamos depositar na fogueira da vida o nosso “graveto”, para nos aquecer e aquecer quem está perto de nós.
FELIZ NATAL!













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