A
leitora Edinez Scatena me enviou uma prova de carinho muito
especial pelo
e-mail do NOTÍCIAS online
Maria
Inês Otranto,
Muito
me sensibilizou sua matéria “Criança No Lixo”(08/11/2013-Notícias). Como
educadora num trabalho de Artes Visuais, trabalhei “O Lixo”, do artista
plástico Vick Muniz. Os alunos do EJA
assistiram ao filme e notaram que aquelas pessoas da cidade de Gramacho, RJ, embora vivessem do
lixo para sobreviver, eram pessoas dignas.
Estavam lá porque não queriam roubar, vender drogas ou prostituir-se.
Ao
ler sua matéria, mais especificamente o comentário do poema de Manuel Bandeira
e a foto de Diego Nigro, complementaram minhas ideias. E o desfecho sutil e direto, que refere-se ao
bicho homem (em especial àqueles que detêm o poder) tem tudo a ver com as
nossas crianças no lixo, os hospitais sem atendimento, nossos patrimônios históricos
em ruínas e tantos outros descasos.
Um
dos artigos que também me marcou foi aquele sobre o Clodovil. Na época, tive
vontade de conversar com você, para usufruir da fonte mais comentários, pois
tratava-se de preconceito e sabiamente colocado, diferente
de
TV Globo, senso comum, mas que fazia olhar para o ser humano despido
de
qualquer hipocrisia (não me recordo agora a data ou quando ocorreu essa
notícia).
Último
agora, foi “Sensibilidade à flor da pele: Lasar Segall e Flávio de Carvalho”,
datado de 06/12/2013: “A Arte só vale se for compartilhada, dividida, com
potencial para sensibilizar os seres humanos... Segall”. Acrescentaria que o dom da palavra, o ato de
escrever, e publicar, para que as pessoas tenham acesso ao conhecimento é uma
obra incomensurável, não há valor que pague.
Refiro-me à sua escrita, pois você transita entre um Lasar Segall que
retrata o leito de morte de seu pai e o artista Flávio de Carvalho (que esteve
tão próximo de nós, aquí em Valinhos) que desenhou a mãe morrendo de câncer. É
o patrimônio privado para a esfera pública. Oxalá, quem sabe, algum órgão
público, após tomar conhecimento da maquete da Fazenda Capuava, em Valinhos,
local onde Flávio de Carvalho morou até morrer, e que faz parte da exposição do
significativo Museu Lasar Segall, em São Paulo, tome alguma providência para a
conservação do local onde houve o tombamento do patrimônio histórico da casa do
artista Flavio de Carvalho.
Parabéns,
Maria Inês! Sempre que posso, leio suas matérias e a admiro muito.
É
lamentável que em nosso país, as pessoas cultas não são valorizadas, e quando o
são, a elas não é dado o devido valor, porém continue escrevendo, que do outro
lado do mundo ressoam ecos, e milhares de pessoas pensam e agem como você, para
transformar um mundo melhor ou quem sabe inibir um pouquinho esta desumanidade
desenfreada.
Em
tempo: Mesmo já tendo passado tanto tempo sobre tais notícias, queria tecer
comentários sobre suas reportagens, mas
o maldoso tempo não me permitia interagir com a sua pessoa.
Quero
esclarecer que não sou assídua leitora de sua coluna, mas sempre que posso
leio-as e me surpreendo. É uma leitura agradável, envolvente e o desfecho é
sempre entrelaçado com situações atuais, opinião crítica que caracteriza a
mulher forte e corajosa que você é. Eu até me identifico com você, com minhas
lutas do cotidiano e a sensibilidade pela Arte, como você o faz tão bem.
Um
ótimo final de Ano, continue escrevendo sempre.
Edinez
Scatena Côcco
Cara
leitora Edinez
Agradeço
muito sua "prova de carinho" tão gentil e elogiosa!
Você
é uma pessoa muito especial e tem uma tarefa das mais dignas e merecedoras de
respeito: educar jovens e adultos e introduzi-los ao maravilhoso mundo das
artes (plásticas, literárias, musicais, e todas as outras) é dar-lhes uma
oportunidade de deslumbramento e encantamento que torna o mundo do dia a dia
mais completo e valorizado.
Fiquei
tão emocionada por seu texto que me faltaram as palavras para responder da
forma que gostaria. Por isso, cito as inspiradas palavras de Carlos Drummond de
Andrade para desejar-lhe o que ele deseja melhor que ninguém:
"Para você, desejo o sonho realizado. O amor esperado. A
esperança renovada. Para você, desejo todas as cores desta vida. Todas as
alegrias que puder sorrir. Todas as músicas que puder emocionar. Desejo que os
amigos sejam mais cúmplices, que sua família esteja mais unida, que sua vida
seja mais bem vivida. Gostaria de lhe desejar tantas coisas. Mas nada seria
suficiente... Então, desejo apenas que você tenha muitos desejos. Desejos grandes
e que eles possam te mover a cada minuto, ao rumo da sua felicidade."
Edinez,
que cada minuto de 2014 possa movê-la rumo à felicidade possível!
Cordialmente,
Maria
Inês
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