Jesus é o educador maior, o mestre de
nossas almas aprendizes. Em todos os seus ensinamentos podemos observar a proposta
clara de educar os corações que o rodeavam. As imorredouras verdades, contidas
em seus ensinamentos, estão vivas até hoje, a calar fundo em nossos corações.
Disse-nos ele que ao conhecer a verdade
estaríamos libertos. Não falava ele da liberdade infantil e imatura que
almejamos em fazer valer nossas vontades e desejos, muitas vezes egoístas e
individualistas, desrespeitando leis humanas e Divinas, desacatando a
hierarquia moral e organizacional da família e da sociedade.
Falava-nos Jesus da liberdade que
alcançamos quando conhecemos as Leis Divinas e buscamos comedir nossas
atitudes, educando nossos sentimentos e pensamentos dentro destas leis, que
sintetizam o amor, que respeita, compreende e se doa, sem condições, e á partir
daí, quando não infligimos mais estas leis criamos a liberdade de não estarmos
mais presos às consequências de nossos enganos.
Jesus nos orienta sobre o poder da
educação, que liberta as mentes da ignorância, do mal, que arranca o ser da
inferioridade espiritual, promovendo o progresso individual e consequentemente
o progresso coletivo.
Quando falava da educação, Jesus não se
referia somente as aquisições intelectuais, mas também e principalmente ao desenvolvimento
de valores morais, base sólida de todo ser que conquistou sua evolução.
Cabe a família a sagrada tarefa de
favorecer a educação. É no seio familiar que reencarnamos esquecidos do passado,
para estarmos mais acessíveis a novos aprendizados, a conquistarmos novas
virtudes, corrigindo hábitos nocivos e, por meio da convivência aprendemos a
ser melhores.
A família é à base da sociedade, a
menor de suas células, todavia estas células que constituem o organismo social
necessitam ser saudáveis, para que este, seja saudável também. Para tanto se
faz urgente refletir sobre nossos valores.
Muitos pais se enganam em estar fazendo
o melhor para seus pequenos, sacrificando-se em grande parte dos casos para
ofertar uma educação primorosa. Os que possuem uma condição financeira mais
favorável matriculam seus filhos em vários cursos, nas melhores escolas, mas se
esquecem de ensinar á eles, através do próprio exemplo, à importância do
respeito ao outro e a si mesmo, o valor da amizade desinteressada, e a realidade
das leis de ação e reação.
Sem dúvida não desmerecemos os esforços
empreendidos por muitos pais dedicados, mas é necessário rever nossas posturas
frente à educação. Pedro Camargo, conhecido com Vinícius, grande trabalhador da
Federação Espírita do Estado de São Paulo, falava com profundidade sobre a diferença
entre instruir e educar. Instruímos quando ofertamos o conhecimento
intelectual, necessário, mas que por si só não se basta. Educamos quando
ensinamos os valores morais e éticos que promovem o crescimento e a evolução do
ser.
Entretanto, para bem educar precisamos
nos educar...
Muito presos ainda ao “ter”, não nos
dedicamos de forma mais efetiva ao “ser”. Valorizando as posses, não
valorizamos os sentimentos, que são nossos verdadeiros tesouros, junto com as
amizades e conhecimento, perfazem a verdadeira fortuna que levaremos daqui
quando partirmos para a pátria espiritual.
Para a transformação do planeta, precisamos
favorecer a educação que fará com que a humanidade seja motivada a pensar,
refletir, questionar e trabalhar para haja mais justiça social, paz, harmonia,
tolerância para com as diferenças e profundo respeito para com toda a criação
de Deus.
Encerramos com um trecho da bela lição
trazida por Emmanuel, em sua obra intitulada Fonte Viva, lição de numero 30,
pela psicografia de Francisco Cândido Xavier:
"...Educa e
transformarás a irracional idade em inteligência, a inteligência em humanidade
e a humanidade em angelitude.
Educa e edificarás o paraíso na Terra.
Se sabemos que o Senhor habita em nós, aperfeiçoemos a nossa
vida, a fim de manifestá-lo”.
Educa e edificarás o paraíso na Terra.
Se sabemos que o Senhor habita em nós, aperfeiçoemos a nossa
vida, a fim de manifestá-lo”.
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