sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Putis! Que ferrada!




No Brasil o atraso político tem a força da injeção na veia: seu efeito imediato é frear o progresso social e econômico. A diferença é que o remédio na veia busca curar o paciente, o atraso político persegue o oposto: manter a população doente e dominada para garantir privilégios da elite política atrasada.”(Suely Caldas, O Estado de S.Paulo, 26/01, B2)

Se estivesse vivo, o cartunista, jornalista e escritor Henfil (Henrique de Souza Filho, 1944-1988) completaria 70 anos no dia 5 de fevereiro.
Ao criar personagens típicos brasileiros, como os fradins Cumprido e Baixim, o Capitão Zeferino, a Graúna e o Bode Orelana, entre muitos outros, Henfil influenciou a vida política e social do país, participando de movimentos políticos importantes, como o das “Diretas Já!” (bordão de sua autoria), legando ao Brasil uma obra de criatividade sem igual.
É notável a crítica social mais que atual de sua bandeira nacional “roubada”, que nos leva a questionar os valores praticados por alguns dos  políticos brasileiros e a refletir sobre os caminhos seguidos por alguns cidadãos pouco comprometidos com o bem comum. Na imagem, vê-se o que restou do verde das matas (devastado e “roubado” por posseiros de fazendas de gado e por cortadores de madeiras nobres); o azul do céu e dos rios enegrecido e “roubado” pela poluição industrial e a dos esgotos, respectivamente; mas, talvez pior que tudo isso seja o desaparecimento continuado do amarelo das riquezas nacionais, indevidamente apropriado e “roubado” por privilégios de elites políticas atrasadas e populistas, que injetam na veia da população doente um remédio que freia o progresso político e social e a mantém atrelada e dominada.
A articulista Martha Medeiros escreveu (Zero Hora, 26/01) que “essa imagem negativa que temos do nosso país não é gratuita. Por maior que seja a quantidade de brasileiros honestos, incluindo até alguns políticos, não adianta: o Brasil tem um histórico de corrupção e violência que induz a essa percepção. Percepção é algo que se constrói dia após dia, fato após fato, e que uma vez consagrada, é difícil mudar.”
Basta correr os olhos pelas manchetes dos grandes jornais diários para conferir: além do investimento de mais de 800 milhões de dólares no porto de Mariel (Cuba), os seguintes fatos e dados foram coletados por José Casado (O GLOBO, 28/01): “as suítes do majestoso Ritz em que se abrigaram Dilma Rousseff e sua comitiva de três dezenas de assessores por uma noite em Lisboa, sábado passado (porque o prédio do século XVII onde funciona a embaixada brasileira não podia receber todos!) tem diária de R$ 26 mil. Equivale a 36 salários mínimos. Talvez esse valor não seja excessivo, se comparado a algumas outras despesas da presidente. Em Paris, em dezembro de 2012, o governo gastou R$ 30 mil (41 salários mínimos) apenas com a instalação de linha telefônica na suíte de Dilma e no quarto do seu ajudante de ordens. As escalas (“técnicas e obrigatórias”) mais caras foram as da viagem presidencial à China, em abril de 2011. Na ida, Dilma passou 24 horas em Atenas. Custou R$ 244 mil (344 salários mínimos) — ou seja, mais de R$ 9 mil por hora. Na volta, parou em Praga. Gastou R$ 75 mil (103 salários mínimos). Oito meses depois, em dezembro, ela esteve em Cannes para uma reunião de chefes de Estado do grupo dos 20 países mais desenvolvidos. Em março do ano passado, Dilma foi à primeira missa celebrada pelo Papa Francisco no Vaticano. Preferiu hotel à estadia na embaixada brasileira. Pagou-se R$ 204 mil (282 salários mínimos) pelo aluguel de 30 veículos da Rome Vip Limousine. A conta total da viagem beirou meio milhão de reais. Em seguida, ela foi a Caracas, para o cerimonial fúnebre de Hugo Chávez. A volta a Brasília no jato presidencial teve um bufê Meliá faturado em R$ 7 mil (9,6 salários mínimos). A Presidência mantém um contrato de R$ 1,9 milhão (2.600 salários mínimos) para serviço de bordo dos seus aviões (inclui canapês de camarão e caviar, coelho assado, rã e pato, entre outros itens). Neste mês, recebeu aditivo de R$ 160 mil (220 salários mínimos). Diante dos gastos de R$ 11 milhões (15 mil salários mínimos) em 35 viagens entre 2011 e 2012, o Itamaraty recebeu ordens para resguardar como confidenciais todas as despesas de Dilma e assessores.”
Em vista desses fatos após fatos comprovados, acontecidos desde há muitos anos, um dos personagens mais queridos de Henfil, o fradim Baixim desbocado, agressivo, indiferente à sensibilidade e ao sofrimento de quem quer que fosse , ilustra bem o quadro da atual “situação” política brasileira.
A percepção de que a batina do fradim é vermelha é autoexplicativa.
E o povo, ói: top, top, top...




NRF 2014 – OS DESAFIOS DO VAREJO NO SÉCULO XXI


Janeiro é o mês da NRF – National Retail Federation, o maior evento global do varejo. Aconteceu em Nova York e reuniu, de 12 a 15 de janeiro, os maiores executivos do varejo mundial.
Apesar do crescimento expressivo do e-commerce (comércio eletrônico), do aumento da penetração dos smartphones e redes sociais, das discussões sobre cross-channel e omnichannel, o tema ‘varejo físico’ volta com força à pauta dos varejistas. Omni channel é estar presente em todos os canais de vendas possíveis, para permitir ao cliente o acesso àquele que julgar relevante no momento da compra. É uma evolução do conceito de multicanal, porque envolve não somente a venda, mas todas as interações do cliente com os pontos de contato das marcas.
No principal palco do Retail's Big Show, Rick Caruso fez a palestra inaugural, tratando do tema fundamental e prioritário para a feira deste ano: a reinvenção do varejo físico no século XXI (chamado de "brick&mortar retail", ou varejo de tijolo e argamassa).
“Fundador e CEO da Caruso Affiliated, Caruso é reconhecido por ser um líder que cria negócios inovadores. A mensagem de Caruso parece extremamente relevante não apenas por fazer sentido sob a lógica humana, mas também pelos importantes resultados obtidos em dois de seus empreendimentos: em média, as pessoas frequentam 3x mais, permanecem 2x mais tempo e gastam mais nesses empreendimentos do que na média dos outros shoppings.
• O shopping tradicional está morto: shoppers precisam de projetos habitáveis. Varejistas devem abraçar a alma da origem do varejo para garantir o futuro. O ser humano precisa dirigir o varejo, não o varejo dirigir o ser humano;
• Criação de conexão e comunidade são tudo: uma experiência de compra convincente aumenta market share (quota de mercado) e fidelidade. Os varejistas que focarem em conceitos de hospitalidade vão prosperar, independentemente da concorrência;
• Digital não significa a morte para o varejo físico: o e-commerce cobre uma lacuna das necessidades dos shoppers. Porém, interações face-a-face com marcas, o aspecto social do comércio e o contato físico com os produtos vai continuar a preencher necessidades humanas básicas e conduzir as pessoas para os as lojas físicas;
• Meios de comunicação social conectam pessoas entre si e com as marcas: internet e as mídias sociais são ferramentas extremamente valiosas no menu de um varejista, pois lhes permitem interagir com clientes em várias frentes e aprender sobre eles no processo.” Por Luiz Sedeh, VP de Operações do Grupo Toolbox,  direto de Nova York, extraído do site Mundo do Marketing.
O varejo é um organismo vivo. Como tal, está em constante transformação e motiva os profissionais do ramo a reinvenções cada vez mais constantes. Só que, às vezes, é preciso que sejam apenas o que são: seres humanos, interagindo com seres humanos. Simples e complexo ao mesmo tempo, como costumam ser as relações humanas.














CARREGANDO O MUNDO NAS COSTAS!



“Na mitologia grega, Atlas é geralmente representado por um gigante curvado, com um joelho no chão, carregando o mundo nas costas”. Vale lembrar que Atlas é irmão de Prometeu, um dos titãs que desafia Zeus e os olímpicos e, ao ser derrotado, é castigado. É como penitência que Atlas deve carregar o mundo nas costas. “Ou seja, não é um ato de heroísmo ou coragem, é falta de opção mesmo”.
Se estivermos tendo a sensação de carregar o mundo nas costas, está na hora de repensar nossas atitudes no dia a dia da vida. O mundo hoje está pesado demais. É grande o desamor, a incompreensão, a violência, a corrupção, o desrespeito ás pessoas... É necessário administrar prioridades. É necessário analisar as emoções, os dons para saber o que gostamos de fazer, o que é importante para nossa vida, de que maneira vamos nos sentir mais felizes...
Não é saudável viver no limite da exaustão física, mental e emocional. Não há porque assumir tantas coisas ao mesmo tempo.
Em tudo na vida, nas diversas situações é arriscado depender exclusivamente de uma única pessoa carregando tudo.
É preciso delegar para outras pessoas na família, no trabalho, no grupo social, as diversas tarefas e atribuições.
A maior prioridade é viver! E isso é tarefa para os corajosos e generosos que conseguem enxergar mais longe!
Quanta tranqüilidade nós sentimos, quando no grupo de nossa convivência sabemos que cada pessoa tem a sua responsabilidade, participa com alegria e o resultado é de todos, o sucesso é partilhado. Cada um é importante na construção do todo.
Que Deus nosso Pai, nos ilumine para descobrirmos sempre o que devemos fazer, como e quando fazer. E, nos inspire na escolha das atitudes e gestos para viver a vida na partilha dos dons e talentos que possuímos.
Faz bem pensar que existimos para viver em comunidade, em comunhão, num relacionamento humano equilibrado e harmonioso. Certamente o mundo seria mais leve...












Passeio Ciclístico



O tradicional Passeio Ciclístico fará parte novamente da programação da Festa do Figo e Expogoiaba, e será realizado neste domingo, 2 de fevereiro, no Parque Municipal ‘Monsenhor Bruno Nardini’, com entrada franca.
Em sua 10ª edição, a atividade esportiva será promovida pelas ruas centrais do município, com a participação de centenas de ciclistas. No ano passado, o evento reuniu mais de 220 esportistas.
A concentração será a partir das 8 horas na entrada principal do Parque Municipal ‘Monsenhor Bruno Nardini’ (Rua Dom João VI). As inscrições são gratuitas e podem ser feitas antes da largada, o que dará direito a concorrer ao sorteio de cinco bicicletas.
Assim como no ano passado, o 10º Passeio Ciclístico terá caráter social. Os organizadores pedem a doação voluntária de um litro de óleo de cozinha, que será revertido ao Fundo Social de Solidariedade, para compor sacolas de alimentos destinadas a atendimentos emergenciais às famílias em situação de vulnerabilidade social.
A largada do 10º Passeio Ciclístico será às 9 horas. Para animar ainda mais o passeio, os participantes serão acompanhados de um trio elétrico, com a presença da corte dos festejos, a rainha Drielle Fracaroli e as princesas Carolina Filigoi e Amanda de Oliveira Lopes.
O percurso seguirá pelas seguintes vias Rua Dom João VI, Avenida dos Esportes, Rua 13 de Maio, Avenida Paulista (retorno), Rua 13 de Maio, Avenida dos Imigrantes até o Viaduto Laudo Natel (retorno), Avenida dos Esportes, saída ao lado do restaurante da Nona na Rua Vicente de Paula Baumann, Rua José Milani, Avenida Joaquim Alves Correia, chegada ao portão principal do Parque Municipal.
Mais informações podem ser obtidas pelo 3829-5030 na Secretaria de Esportes e Lazer da Prefeitura de Valinhos.








Educar é libertar


Jesus é o educador maior, o mestre de nossas almas aprendizes. Em todos os seus ensinamentos podemos observar a proposta clara de educar os corações que o rodeavam. As imorredouras verdades, contidas em seus ensinamentos, estão vivas até hoje, a calar fundo em nossos corações.
Disse-nos ele que ao conhecer a verdade estaríamos libertos. Não falava ele da liberdade infantil e imatura que almejamos em fazer valer nossas vontades e desejos, muitas vezes egoístas e individualistas, desrespeitando leis humanas e Divinas, desacatando a hierarquia moral e organizacional da família e da sociedade.
Falava-nos Jesus da liberdade que alcançamos quando conhecemos as Leis Divinas e buscamos comedir nossas atitudes, educando nossos sentimentos e pensamentos dentro destas leis, que sintetizam o amor, que respeita, compreende e se doa, sem condições, e á partir daí, quando não infligimos mais estas leis criamos a liberdade de não estarmos mais presos às consequências de nossos enganos.
Jesus nos orienta sobre o poder da educação, que liberta as mentes da ignorância, do mal, que arranca o ser da inferioridade espiritual, promovendo o progresso individual e consequentemente o progresso coletivo.
Quando falava da educação, Jesus não se referia somente as aquisições intelectuais, mas também e principalmente ao desenvolvimento de valores morais, base sólida de todo ser que conquistou sua evolução.
Cabe a família a sagrada tarefa de favorecer a educação. É no seio familiar que reencarnamos esquecidos do passado, para estarmos mais acessíveis a novos aprendizados, a conquistarmos novas virtudes, corrigindo hábitos nocivos e, por meio da convivência aprendemos a ser melhores.
A família é à base da sociedade, a menor de suas células, todavia estas células que constituem o organismo social necessitam ser saudáveis, para que este, seja saudável também. Para tanto se faz urgente refletir sobre nossos valores.
Muitos pais se enganam em estar fazendo o melhor para seus pequenos, sacrificando-se em grande parte dos casos para ofertar uma educação primorosa. Os que possuem uma condição financeira mais favorável matriculam seus filhos em vários cursos, nas melhores escolas, mas se esquecem de ensinar á eles, através do próprio exemplo, à importância do respeito ao outro e a si mesmo, o valor da amizade desinteressada, e a realidade das leis de ação e reação.
Sem dúvida não desmerecemos os esforços empreendidos por muitos pais dedicados, mas é necessário rever nossas posturas frente à educação. Pedro Camargo, conhecido com Vinícius, grande trabalhador da Federação Espírita do Estado de São Paulo, falava com profundidade sobre a diferença entre instruir e educar. Instruímos quando ofertamos o conhecimento intelectual, necessário, mas que por si só não se basta. Educamos quando ensinamos os valores morais e éticos que promovem o crescimento e a evolução do ser.
Entretanto, para bem educar precisamos nos educar...
Muito presos ainda ao “ter”, não nos dedicamos de forma mais efetiva ao “ser”. Valorizando as posses, não valorizamos os sentimentos, que são nossos verdadeiros tesouros, junto com as amizades e conhecimento, perfazem a verdadeira fortuna que levaremos daqui quando partirmos para a pátria espiritual.
Para a transformação do planeta, precisamos favorecer a educação que fará com que a humanidade seja motivada a pensar, refletir, questionar e trabalhar para haja mais justiça social, paz, harmonia, tolerância para com as diferenças e profundo respeito para com toda a criação de Deus.
Encerramos com um trecho da bela lição trazida por Emmanuel, em sua obra intitulada Fonte Viva, lição de numero 30, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier:
"...Educa e transformarás a irracional idade em inteligência, a inteligência em humanidade e a humanidade em angelitude.
Educa e edificarás o paraíso na Terra.
Se sabemos que o Senhor habita em nós, aperfeiçoemos a nossa vida, a fim de manifestá-lo”.







Centro Cultural Vicente Musselli











Visita Oficial




Representando o governador Geraldo Alckmin, a secretária estadual de Agricultura e Abastecimento, Mônika Bergamaschi, visitou a Festa do Figo e Expogoiaba de Valinhos e discursou com a proposta de destacar os aspectos históricos e o valor nutritivo do fruto que projeta a cidade nos mercados nacional e internacional.
“O figo  é um dos frutos principais desde a antiguidade na história humana. Chegou ao Brasil no século XVI na bagagem dos primeiros colonizadores portugueses. Valinhos é destaque na produção de figo, e, por essa razão, a cidade é considerada a capital nacional do figo roxo”, afirmou a secretária estadual.
“O prefeito Clayton Machado está de parabéns em promover uma festa grandiosa, pois o figo é altamente energético, por ser rico em açúcar. Contém vitamina C, sais minerais como potássio, cálcio e fósforo. Combate inflamações do sistema respiratório. E ajuda na prevenção do câncer, devido à presença da substância benzaldeído”, destacou. 

Benefícios do figo para saúde
Confira os principais benefícios do figo para a saúde humana:

- Figo é baixo em calorias. Cem gramas de frutas frescas fornecem apenas 74 calorias. No entanto, eles contêm fibra dietética solúvel, minerais, vitaminas e pigmentos antioxidantes que contribuem imensamente para uma ótima saúde e bem estar.
- Figos secos são uma excelente fonte de minerais, vitaminas e antioxidantes. Na verdade, as frutas secas são fontes concentradas de energia. Cem gramas de figos secos fornecem 249 calorias.
- Figos frescos são bons em polifenólicos flavonoides antioxidantes como carotenos, luteína, taninos, ácido clorogênico etc. O seu valor antioxidante é comparável à de maçãs em 3200 g umol/100.
- Além disso, os frutos frescos contêm níveis adequados de algumas das vitaminas antioxidantes como a vitamina A, E, e K. Em conjunto, esses compostos combatem os radicais livres e, assim, protege-nos de câncer, diabetes, doenças degenerativas e infecções.
- O figo contém minerais como cálcio, cobre manganês, potássio, ferro, selênio e zinco. Cem gramas de figos contêm 640 mg de potássio, 162 mg de cálcio, 2,03 mg de ferro e 232 mg de potássio. O potássio ajuda a controlar a frequência cardíaca e a pressão sanguínea. O cobre é necessário para a produção de células vermelhas do sangue. O ferro é necessário para a formação de células vermelhas do sangue, bem como para a oxidação celular.







Rolezinho e a inércia do Estado


 
Depois dos black blocs, dos mascarados das manifestações, surgem agora os "rolezinhos". Pra quem não sabe, “rolezinho” é um encontro de jovens em shoppings centers, combinado pelas redes sociais. Para os participantes praticar o “rolê” é zoar, dar uns beijos, rolar umas paqueras, pegar geral e se divertir. Para a polícia e para os lojistas a prática do “rolê” implica em tumultuar os centros de compras e promover arrastões, inclusive com roubos e furtos. É que se para uns o “rolezinho” é a possibilidade de um encontro saudável e festivo, para outros, lamentavelmente, é a oportunidade que se oferece para roubar, furtar, tumultuar, causando pânico nos frequentadores dos shoppings.

A possível multiplicação desses encontros, que podem assumir caráter de protesto, também preocupa a presidente Dilma Rousseff. Pelo menos isso!... Ela surpreendeu seus assessores ao convocar uma reunião para tratar do assunto. O maior temor da presidente é que os "rolezinhos" tenham adesão de adeptos da tática de protesto "black bloc".

Antes restritos à periferia de São Paulo, os eventos ganharam apoio de movimentos sociais nos últimos dias. A tentativa dos shoppings de proibir os "rolezinhos" no fim de semana insuflou a organização de novos encontros.

A turma dos direitos humanos já sai em defesa dos praticantes dos “rolês”, como se fossem vítimas do sistema. Acham que não é preciso criminalizá-los. Justificam o “rolezinho” dizendo que "é um fenômeno muito novo para se avaliar” e que parece uma manifestação tipicamente adolescente, onde os jovens tentam demarcar sua presença, chamar a atenção sobre si, medir seus limites. E acrescentam: "Por outro lado, pode revelar certo estresse dos adolescentes, que não têm espaços de lazer. As manifestações incomodam, podem provocar algum desconforto, mas devem ser administradas com sabedoria e tranquilidade." Mesmo assim, entendem que “o fenômeno deve ser olhado como tal. Evidentemente, pode ser manipulado, desviado da sua espontaneidade juvenil. Quando há atos de vandalismo, deve intervir quem tem a atribuição de zelar pela segurança e pelo patrimônio. Mas criminalizar o fenômeno não é a solução”.

O que fazer com os “rolezinhos”? Esta é a questão do momento. O fato é que a emergência dos "rolezinhos" chama atenção para a crescente debilidade do Estado frente às ações da violência urbana, quando o aparato punitivo está cada vez mais vulnerável, muitas vezes mais à retórica do que à eficácia, principalmente quando se trata de garantir a ordem pública e zelar pela preservação do patrimônio público.  E diante dessa vulnerabilidade, há a impressão de que forças políticas podem estar utilizando-se disso para agravar o caos social, e fomentar a ação dos “rolezinhos” em defesa de obscuros interesses. É por isso que esse fenômeno pode ser manipulado. Diante disso, é preciso estar atento aos acontecimentos e buscar evidentemente evitar os atos de vandalismo, atos estes insuflados por forças anárquicas às quais interessam a desestabilização social.

Tudo isso deve nos manter em estado de atenção, buscando os meios eficazes de conter estas ações. O que não se pode permitir é que estas manifestações aparentemente espontâneas tornem o Estado refém, impedindo assim o cumprimento de sua finalidade social, que visa, entre outros compromissos, o da segurança pública.










sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

São Paulo, cidade multifacetada


'São Paulo Apóstolo', pintado em 1954, tem cabelos de negro, olhos de europeu e nariz de índio, e representa toda a mistura de raças existente aqui. Além disso, as mãos e os lábios, delicados e femininos, representam a fertilidade, isto é, as mães da cidade. E os ombros largos traduzem a imponência e a força de um povo trabalhador.” (Stella de Mendonça, restauradora oficial das obras de Anita Malfatti)
São Paulo, cujo dístico é “Non Ducor Duco” (“Não sou conduzido, conduzo”) e cujo padroeiro é o Apóstolo São Paulo, completará 460 anos no dia 25 de janeiro.
Para homenagear o 4º centenário da cidade, a artista modernista Anita Malfatti (1889-1964) ‒ que tinha pinceladas marcadas pela impetuosidade, pela distorção e pela paleta de cores puras e vibrantes, com nítida influência do expressionismo alemão   mas que também era apaixonada por igrejas, capelas, anjos e santos, pintou esse belo e suave “São Paulo Apóstolo”.
Honrando seu lema, a cidade é a mais importante do país, tem influência nas decisões políticas nacionais e, por isso, é alvo da “cobiça” de candidatos a cargos públicos federais, estaduais e municipais.
Sabe-se que “duas estruturas institucionais controlam hoje o Brasil: a primeira, o governo de coalizão um modelo imposto pela existência de dezenas de partidos programática e doutrinariamente amorfos, mais propensos à participação no poder e seu usufruto do que aos grandes projetos nacionais ‒, em que a repartição de cargos e a liberação de recursos de interesse paroquial eleitoreiro dos congressistas asseguram o apoio ao viés populista-voluntarista do Executivo. A segunda, a burocracia administrativa preenchida (aparelhada...) menos pelos critérios de capacitação e mérito e mais pela conveniência política”, afirmou Mario César Flores (O Estado de S.Paulo, 22/1, A2).
Tendo em vista que o “rolezinho do PT no Palácio do Planalto caminha para tentar perfazer 16 anos (o dobro do Estado Novo de Getúlio Vargas), se Dilma Rousseff não aparecer fantasiada de Marcos Valério em algum dos seus pronunciamentos à nação ela já fez o do réveillon, só faltam o do carnaval, o do Dia da Mulher, o da Páscoa, o do Dia do Trabalho, o do Dia das Mães, o de Corpus Christi, o do Dia dos Pais e o do Dia da Independência ninguém tasca mais quatro anos de rolezinho petista. Tudo correndo bem no primeiro turno, Dilma nem precisará convocar cadeia de rádio e TV no Dia de Nossa Senhora Aparecida e no Dia de Finados, porque os concorrentes já estarão finados no início de outubro. Enquanto isso, a inflação de 2013 ultrapassou a expectativa, reduzindo o poder de compra dos menininhos coitados e dos não tão coitados. Talvez a saída seja mesmo rolezinho para todos. Os mortais ocupam os shoppings, de graça; os companheiros ocupam o Estado brasileiro, bem pagos”, escreveu Guilherme Fiuza (O Globo, 18/01).



No entanto, “o Brasil, hoje mergulhado na mediocridade e satisfeito, está precisando de uma sacudidela política (Marcelo de Paiva Abreu, O Estado de S.Paulo, 22/1, B12)”, de  um rolezinho no dia das eleições, em que os maus políticos sejam barrados nos bailes do Estado, dos Estados e do Congresso, e em que sejam eleitos políticos qualificados para que eles conduzam todos os brasileiros (os paulistas, os cariocas, os mineiros, os dos Estados do Norte, do Sul e do Centro-Oeste) com aquele espírito paulistano do bandeirantismo, do “Non Ducor Duco” e da garra cidadã consolidada na Revolução Constitucionalista de 1932 e nas manifestações das “Diretas Já” de 1984!

O Trem das Onze em Israel


Em longo artigo na Folha de São Paulo (09/01), a filha de Adoniran Barbosa, professora Maria Helena Rubinato Rodrigues Sousa, reivindica mais enaltecimento ao compositor.
NOTÍCIAS, que tem Adoniran no seu logo e já publicou dezenas de matérias engrandecendo o gênio do compositor, vem cobrando o mesmo tipo de atitude de Valinhos, cidade onde ele nasceu.

Recado de Maria Helena             
Sabe onde existe uma Casa Adoniran Barbosa, museu muito bem organizado e sempre atento às novidades sobre seu homenageado? Não, não é no Bexiga, nem na Luz, nem na Paulista. Fica a mais de 10 mil quilômetros de São Paulo, em linha reta. Essa a distância até Jerusalém. Da cidade de David, mais 70 km até Shaar Hanegev, região onde fica o kibutz Bror Chail, o kibutz que abriga a Casa Adoniran Barbosa.
Quem criou esse museu? Eu diria que foram figuras imaginárias, se não trocasse longos e-mails com pessoas há mais de cinco anos. E se não me admirasse com a delicadeza e a trabalheira que enfrentam para manter em pé um museu para um compositor brasileiro que, embora tenha todas as qualidades que imodestamente citei acima, não faz parte da legenda dourada da MPB que nossa imprensa e autoridades tanto paparicam. Seus nomes? Sheila Katzer Bovo, ex-secretária de Educação de Sorocaba (SP), cidade irmã de Shaar Hanegev, e o casal Edith e Tzvi Chazan, diretores do museu.
Pois bem, atendendo ao pedido da diretoria, a Companhia Geral de Trens de Israel doou à Casa Adoniran Barbosa o primeiro vagão que chegou do Egito a Israel em 1910 --ainda na época do Império Otomano na Palestina. O vagão que faz parte da história agora está no terreno do museu e, por obra e graça de Edith e Tzvi, com as nossas cores.
É o Trem das Onze em Bror Chail. A intenção da diretoria é transformá-lo numa galeria de exposições sobre a música popular brasileira.
Você conhece país, cidade, pessoas mais generosas com uma de nossas maiores riquezas, a nossa música? Falta São Paulo resolver aderir a Bror Chail para o Trem das Onze poder dar a partida.

Desvario Cultural
Felizmente, a filha de Adoniran não sabe o que aconteceu em Valinhos, quando o então Secretário de Cultura Tite Stopiglia determinou que “não seria organizada uma Semana Adoniran Barbosa, porque faltam elementos que comprovem que o sambista nasceu em Valinhos”... Dá pra acreditar?
O que confirma e dá guarida ao desvario cultural daquele secretário foi a proposta feita por ele, em 1988, de se encomendar um exame de “DNA Cultural” da História, através da Fundação Nacional da Artes, para achar provas de que Adoniran Barbosa seria valinhense! (Na época, ele esqueceu não só de se informar com o ex-prefeito Bepe Spadácia, escritor e editor do primeiro livro que atestava que Adoniran nasceu nesta cidade, como também ele não pensou em ir ao Cartório Civil de Valinhos, onde está registrada a certidão de nascimento de João Rubinato, o compositor Adoniran Barbosa.)
E por que, desde aquela época, os secretários de Cultura das administrações do município de Valinhos nunca aceitaram essa verdade incontestável e restauraram a Semana Adoniran Barbosa? Seria ignorância, descaso ou insensibilidade explícita?
E seria por desconhecimento, desrespeito, ou descuido que os vereadores da atual Legislatura aprovaram por unanimidade a proposta do vereador Lourivaldo de dar a medalha com o nome do compositor a Tite, sem levar em conta que os vereadores da Legislatura de 1988 convocaram o então secretário Stopiglia para que ele explicasse a suspensão da comemoração da Semana Adoniran Barbosa?

Texto
Tom Santos
Se alguém pensou que aqueles fatos tinham sido esquecidos, se enganou: “ói nóis aqui traveis”!







CACHIMBO DA PAZ


 “Esta história aconteceu numa tribo, em plena floresta amazônica”. Um dos membros da tribo procurou o pajé, para lhe dizer que estava muito furioso e decidido a vingar-se de um inimigo que o tinha ofendido gravemente. Pensava em matá-lo, pois esse era o costume nas tribos.
O pajé o ouviu atentamente e disse que ele tinha razão. Foi ofendido gravemente e, como era costume nas tribos, podia vingar-se matando seu inimigo. Antes disso, porém, o pajé convidou-o para fumar com ele um cachimbo. O homem aceitou e ficaram quase uma hora conversando e fumando juntos o cachimbo.
Ao final dessa hora, o homem já estava mais calmo e disse ao pajé: “Acho que não vou matar meu inimigo. Não é preciso, uma boa surra já vai fazê-lo aprender a lição”.
Para comemorar a decisão do homem, o pajé convidou-o a ficar mais um tempo por ali e a fumar um novo cachimbo. Afinal, era uma vida que ele salvara. E assim aconteceu.
Depois de mais uma hora ali conversando calmamente, o homem disse: “Sabe que uma surra talvez seja exagero. Vou apenas dizer tudo o que penso e faze-lo pedir perdão em público para corrigir seu erro”.
O pajé aprovou a atitude e, para celebrar, acendeu mais um cachimbo. Os dois passaram mais um tempo em meditação, fumando o cachimbo da paz.
Quando terminou, disse novamente ao pajé: “Pensando melhor, irei até o meu agressor e lhe darei um forte abraço, afinal, sempre fomos grandes amigos, e se ele se arrependeu da ofensa que fez eu o perdôo, e seremos amigos de novo”.
Nesse instante, o pajé falou sorridente:
_ “Era exatamente esse o conselho que queria lhe dar quando chegou aqui, mas não podia fazê-lo. Era preciso que você se acalmasse e descobrisse o caminho após um tempo de meditação”.
       




Na nossa vida, experimentamos várias situações de conflito e quando temos que tomar decisões importantes o melhor a fazer é refletir, pensar muito e manter a calma.
Os obstáculos ou situações que consideramos complicadas podem ser oportunidades de crescimento pessoal.
Os sentimentos de raiva, vingança e ressentimentos, só nos trazem desequilíbrio e nos tiram a paz interior.
Precisamos encontrar o nosso “cachimbo da paz”, ou seja, aquele pensamento ou atitude que nos proporciona leveza de alma para ver qual direção tomar nesta ou naquela ocasião.
Por maiores razões que possamos ter, é sempre bom não magoar, não entristecer, não ofender, não humilhar ninguém. Uma amizade ou qualquer relacionamento familiar e afetivo valem muito. Por isso, é precioso ponderar, perdoar e reatar os laços que unem, os elos que aproximam e trazem harmonia.
Que Deus nosso Pai em quem confiamos nos ilumine e fortaleça na convivência com as pessoas. Que sejamos pontes que unem, que trazem aconchego, que proporcionam um clima favorável e acolhedor.
O que pode funcionar na nossa vida como um “cachimbo da paz?”