No dia 20 de janeiro, mais de 170 cidades brasileiras celebram a festa de
seu padroeiro, São Sebastião.
Tendo vivido no século III, nos
primórdios do cristianismo, S. Sebastião era capitão da guarda pretoriana
pessoal do imperador romano Diocleciano. Forte e piedoso na fé, Sebastião se
tornou o grande benfeitor dos cristãos encarcerados em Roma. Visitava as
vítimas do ódio pagão, consolava, socorria e animava os aflitos e perseguidos
que seriam martirizados na arena.
São Sebastião foi denunciado como
cristão por um soldado de seu próprio exército. Quando o imperador descobriu
isso, sentiu-se profundamente traído e, cheio de ódio, mandou que matassem
Sebastião a flechadas: entregue a um pelotão de soldados, estes o despiram, amarraram a uma árvore, acertaram
todo o seu corpo com flechas e o abandonaram para que sangrasse até morrer.
Apesar de bastante ferido, o santo
não morreu, porque foi socorrido por uma mulher (Santa Irene ─ em grego, o nome significa “paz”)
que, auxiliada por uma escrava, cuidou de seus ferimentos até ele se recuperar.
Há muitos quadros representando o
martírio de S. Sebastião. Entre eles, chamam a atenção os que mostram a
solidariedade, a ajuda e a bondade piedosa de Santa Irene, traduzidas com
diferentes cores por vários artistas (Trophîme Bigot, Francesco Guercino,
Nicolas Régnier, Hendrick Terbrugghen, Marcantonio Basseti, Giovanni Baglione,
Dirck Jaspersz van Baburen, Matthias Stomer, entre outros). Pintados, quase
todos, na primeira metade do século XVII, eles estão em museus da Itália,
França, Espanha, Alemanha e Estados Unidos. E, na Basílica de S. Sebastião, em
Roma, há uma bela escultura em mármore feita por Bernini.
S. Sebastião é o padroeiro de
Valinhos: que, no seu dia, ele seja lembrado pelo consolo e solidariedade que
levava aos aflitos, atitude que encontrou eco na ação salvadora de Santa Irene.
Nenhum comentário:
Postar um comentário