Poderia iniciar este artigo
escrevendo sobre o que precisa ser feito para garantir o abastecimento de água
nos municípios brasileiros.
Poderia continuar falando
sobre os problemas que afligem mais de perto os municípios e os cidadãos que
vivem debaixo do racionamento de água a eles imposto há meses.
Poderia disser ainda como
muita gente mudou seus hábitos para enfrentar a crise que, algum tempo atrás,
parecia que nunca iria acontecer.
Poderia também discorrer
longamente sobre a falta de investimentos dos governos e órgãos públicos para
combater a estiagem.
Poderia lembrar, para não
fugir do lugar comum, da “bolsa estiagem”, que é um auxílio financeiro de R$
80,00 que cada agricultor — que trabalha com a família — afetado pela seca
recebe mensalmente, desde que viva em municípios em situação de emergência ou
calamidade pública reconhecida pelo governo federal. Que, estranhamente, não
vale para nenhum agricultor do Estado de São Paulo.
Poderia comentar o
resultado das políticas e medidas de emergência e as obras para enfrentar uma
das maiores estiagens da história e evitar o racionamento na capital.
Poderia! Mas não! Vou,
simples e singelamente, agradecer a chuva destes últimos dias que caiu e regou
a terra, limpando o ar.
Abençoada chuva!...
Aqui,
o que mais desejo agora, em reverência às gotas d’água que molharam o chão, é cantar,
ainda que em tom desafinado, com a minha netinha Gabriella — que é fã incondicional
do Patati e Patata:
“Ontem tive um sonho tão legal
Ia pelo mundo viajando sem parar
Fui por desertos e vales
Rios, montanhas e mares.
Hoje eu vi o céu escurecer
Tinha tantas nuvens que não dava pra
contar
Acho que a natureza, veio pra nos
ajudar.
E a chuva caiu, molhando o chão
Crescem as flores nasce a plantação
E o céu se abriu em todo lugar
Todos sorrindo vamos juntos brincar”.
Ah!... Se esse sonho se
tornasse realidade, como a humanidade seria melhor e todos nós mais felizes!
Edição n.º 960 - página 08
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