“A fortaleza do jornal não é dar notícia, é
se adiantar e investir em análise, interpretação e se valer da sua
credibilidade.” – Carlos Alberto Di Franco
Assim como em um jornal, é
prudente que assim seja, em vários ramos de negócios. O varejo, se dinamizando
e reinventando, a cada dia, é a maior prova desta afirmação.
O maior desafio do varejo é
relacionar-se e vender, onde, como e quando o cliente quiser, integrando ao
máximo todas as plataformas disponíveis. A loja física ainda tem muita força na
hora da aquisição de produtos e serviços - nada melhor do que ter em mãos o que
se deseja e necessita. Para tanto, é preciso investir, acima de tudo, em
pessoas – em treinamentos robustos, eficientes.
O vendedor do ponto de venda
moderno e eficaz, passou a ser um consultor. Diferente do funcionário que
ficava no encalço do cliente, quase sempre importunando, este consultor se
dispõe a atender e orientar, sem pressionar ou constranger. Está sempre atento,
de forma gentil e com prontidão, percebendo as solicitações, antes mesmo que
sejam verbalizadas. Desde a preocupação com o conforto e bem estar, até
informações e especificações técnicas relativas aos produtos e serviços
oferecidos. Dou um exemplo – estive numa loja de shopping com minha filha, num
dia de chuva. Lá estava eu, carregando o guarda-chuva, enquanto olhava as
peças. Antes que procurasse um lugar para apoiá-lo, a moça que havia se
apresentado para me atender, se ofereceu para guardá-lo (e ela não o ‘arrancou’
da minha mão, como já aconteceu em outra ocasião). Parece bobagem, de tão
simples. Não é.
Outro exemplo - no mesmo
shopping, várias lojas e quiosques deixam os smartphones à disposição dos
potenciais compradores. Afinal, como já disse, nada como olhar, pegar e
experimentar, antes da aquisição! São tantos modelos e configurações, que é
difícil mesmo entender. Ainda mais, escolher. Mas, num quiosque em particular,
fomos atendidas e orientadas, de acordo com as necessidades que apresentamos.
Com o aparelho em mãos, o rapaz mostrou todas as funções e recursos
disponíveis, de forma clara, simples e muito simpática. Hoje é preciso conhecer
muito bem os produtos e a natureza humana, para realizar um bom negócio. E um
bom negócio é aquele que é bom para o proprietário do estabelecimento, para o
colaborador e para o cliente.
A loja precisa oferecer
experiências e soluções. Informações precisas sobre produtos e condições de
aquisição, pagamento e entrega, facilitação nos casos de troca de mercadorias,
espaço físico adequado, oferta de outros serviços e de personalização de
produtos – a chamada ‘customização’. Mais do que nunca, a marca tem força e
credibilidade, independente do ponto de contato ou do canal de comunicação. É
hora de investir na capacitação e integração das equipes.
Este é o varejo do futuro, já presente.
Edição n.º 961 - página 07
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