sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

MONTANHA RUSSA!



Quantas vezes nos surpreendemos reclamando de alguma coisa! São situações, palavras, atitudes que demonstram insatisfação diante de fatos ou acontecimentos simples e corriqueiros. Parece que nada está bom, que tudo deve ser diferente!...
Um autor anônimo conta que: “Havia um lugar chamado Cidade dos Resmungos, onde todos resmungavam, resmungavam, resmungavam”. No verão, resmungavam que estava muito quente. No inverno, que estava muito frio. Quando chovia, as crianças choramingavam porque não podiam sair. Quando fazia sol reclamavam que não tinham o que fazer.
Os vizinhos queixavam-se uns dos outros, os pais queixavam-se dos filhos, os irmãos das irmãs. Todos tinham um problema e todos reclamavam que alguém deveria fazer alguma coisa.
Um dia chegou à cidade um mascate carregando um cesto às costas. Ao perceber toda aquela inquietação e choradeira pôs o cesto no chão e gritou:
“Cidadãos deste belo lugar! Os campos estão abarrotados de trigo, os pomares carregados de frutas. As cordilheiras estão cobertas de florestas espessas e os vales banhados por rios profundos. Jamais vi um lugar abençoado com tantas conveniências e tamanha abundancia. Por que tanta insatisfação? Aproximem-se e eu lhes mostrarei o caminho para a felicidade”.
Ora, a camisa do mascate estava rasgada. Havia remendos nas calças e buracos nos sapatos. As pessoas riram que alguém como ele pudesse mostrar-lhes como ser feliz. Mas enquanto riam ele puxou uma corda comprida do cesto e a esticou entre os dois postes na praça da cidade. Então segurando o cesto diante de si, gritou:
“Povo dessa cidade! Aqueles que estiverem insatisfeitos escrevam seus problemas num pedaço de papel e coloquem dentro desse cesto. Trocarei seus problemas por felicidade!”
A multidão se aglomerou ao seu redor. Ninguém hesitou diante da chance de se livrar dos problemas. Todo homem, mulher e criança da vila rabiscou sua queixa num pedaço de papel e jogou no cesto.
Eles observaram o mascate pegar cada problema e pendurá-lo na corda. Quando ele terminou havia problemas tremulando em cada centímetro da corda, de um extremo a outro.
Então ele disse: “Agora cada um de vocês deve retirar dessa linha mágica o menor problema que puder encontrar”.
Todos correram para examinar os problemas. Procuraram, manusearam os pedaços de papel e pensaram, cada qual tentando escolher o menor problema.
Depois de algum tempo a corda estava vazia. Eis que cada um segurava o mesmo problema que havia colocado no cesto. Cada pessoa havia escolhido o seu próprio problema, julgando ser ele o menor da corda.
Daí por diante o povo daquela cidade deixou de resmungar o tempo todo. E “sempre que alguém sentia o desejo de resmungar ou reclamar pensava no mascate e na sua corda mágica”



Quantos problemas, dificuldades, sofrimentos e tristezas constatamos no mundo... E como são pequenos os nossos problemas ou os motivos das nossas queixas!
A vida é uma grande montanha russa. Há altos e baixos e não podemos permitir que o medo, a tristeza, a irritação, a incompreensão, a intolerância e a raiva, impeçam nossas ações.
Somos os responsáveis pela nossa vida!
Somos capazes de enxergar a grandeza de tudo que temos, desde o amanhecer até o anoitecer. Somos capazes de viver as emoções e os sentimentos, de rir e cantar, de agradecer e perdoar, de estender a mão e de acolher.
E, Deus que nos ama, nos inspira nas atitudes a tomar diante das nossas queixas e reclamações. Queremos crescer com as contrariedades quando elas chegam! Porque elas também vão embora...








Edição n.º 975 - página 03

         

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