sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Reportagens de capa



“Mais uma etapa da desconstrução da hegemonia petista foi cumprida na noite de domingo com o alijamento do partido das principais funções da Câmara, como presidências de comissões ou postos na nova direção da Mesa, que será presidida, contra a vontade do Palácio do Planalto, pelo peemedebista Eduardo Cunha. O governo, em uma só eleição, perdeu o controle que sempre tentou manter sobre o Legislativo e já não é possível garantir que CPIs perigosas para ele, como a da Petrobras, deixarão de funcionar, ou terão sua constituição controlada pelo governo. A presidente Dilma ganhou as duas eleições a bordo de uma aliança política construída à base de mensalões e petrolões, e já não tem mais condições de convencer ninguém de que é contra esses métodos.” (Merval Pereira, O GLOBO, 03/02)



A reportagem de capa da última edição da ÉPOCA é contundente: “Engolida pela incompetência do PT, a empresa que orgulhava o Brasil encolhe num oceano de corrupção e  aderna perigosamente na pior crise da história.”
A reportagem de capa da VEJA constata: “Executivos presos revoltados com os políticos soltos. Empreiteiros ameaçando Lula e Dilma. São todos contra todos na fase decisiva da Operação Lava Jato.”


E a charge que circula na internet ironiza a destruição (depois do desfrute) da árvore da economia de mercado plantada por FHC.


O advogado, professor emérito da Universidade Mackenzie, da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e da Escola Superior de Guerra Yves Gandra Martins escreveu um longo e detalhado texto (Folha de S.Paulo 03/02), no qual se refere  “à destruição da Petrobras, reduzida à sua expressão nenhuma, nos anos de gestão da presidente Dilma Rousseff como presidente do Conselho de Administração e como presidente da República, por corrupção ou concussão, durante oito anos, com desfalque de bilhões de reais, por dinheiro ilicitamente desviado e por operações administrativas desastrosas, que levaram ao seu balanço não poder sequer ser auditado. A insistência, no primeiro e no segundo mandatos, em manter a mesma diretoria que levou à destruição da Petrobras está a demonstrar que a improbidade por culpa fica caracterizada, continuando de um mandato ao outro.”
Yves Gandra Martins enumera artigos, incisos e parágrafos da Constituição para concluir que, “à luz de um raciocínio exclusivamente jurídico, há fundamentação para o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff por improbidade administrativa, não decorrente de dolo, mas apenas de culpa. Por culpa, em direito, são consideradas as figuras de omissão, imperícia, negligência e imprudência”.
Que tempos de escândalos, corrupção e falta de ética!











Edição n.º 973 - página 01

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