Os
tumores malignos de testículo representam o câncer mais freqüente em homens com
idade inferior a 45 anos, sendo que a idade média é em torno de 34 anos.
A
incidência é de 1% a 1,5% dos tumores do sexo masculino e cerca de 5% de todos
os tumores urológicos. Desde a década de 70, registra-se um aumento constante
de sua incidência, principalmente em países industrializados. Paralelamente ao
aumento da freqüência deste tumor, avanços importantes no conhecimento da sua
fisiopatologia e desenvolvimentos de novos agentes para quimioterapia,
permitiram um aumento expressivo das taxas de cura, que era de 30% na década
de 1970 para mais de 95% atualmente.
Em
cerca de 70% dos casos o tumor está confinado ao testículo, no momento do
diagnóstico. O sintoma mais comum é o aumento indolor do volume do
testículo.Este aumento muitas vezes é confundido com processos inflamatórios,
como epididimite e orquite. Quero ressaltar que é muito importante que o
paciente, assim que perceber algum nódulo (carôço) na região da bolsa
testicular (escroto), deverá imediatamente procurar orientação médica. Pelo fato
de inicialmente ser indolor, muitas vezes o paciente demora em manifestar o
problema.
Com
a presença do nódulo, é indicado a ultrassonografia escrotal, que tem bastante
sensibilidade para o diagnóstico do tumor testicular, diferenciando de lesões
inflamatórias. Quanto aos exames de laboratórios, a alfa-fetoproteina e o
Beta-HCG são importantes no diagnóstico,
no estadiamento (para definir se a
doença é localizada ou não). No prognóstico e no monitoramento do tratamento.A Desidrogenase Lática (DHL) representa
um marcador inespecífico que se eleva em até 80 % dos pacientes com tumor
germinativo, tanto seminoma como não-seminomatosos.
A
classificação dos tumores de testículo, do ponto de vista histológico, podem
ser agrupados em:
A-Tumores de células germinativas:
-Seminomas (50%)
-Não Seminomas (50%)
B-Tumores do Estroma gonadal.
C-Tumores Mistos.
D-Outros como Sarcoma, etc.
O tratamento inicial é a cirurgia (Orquiectomia) por via inguinal, com retirada do testículo , do epidídimo, do cordão espermático e as túnicas que os envolvem.
Como
tratamento adjuvante (após a cirurgia) pode-se indicar vigilância ativa,
radioterapia dos gânglios linfáticos inguinais e retroperitoniais,
quimioterapia e linfadenectomia retroperitonial em alguns casos.
O
prognóstico depende do tipo histológico e do estadiamento, podendo chegar a quase
100% de cura nos Seminomas em estágios
iniciais.
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