sexta-feira, 28 de junho de 2013

Câncer de Testículo


Os tumores malignos de testículo representam o câncer mais freqüente em homens com idade inferior a 45 anos, sendo que a idade média é em torno de 34 anos.
A incidência é de 1% a 1,5% dos tumores do sexo masculino e cerca de 5% de todos os tumores urológicos. Desde a década de 70, registra-se um aumento constante de sua incidência, principalmente em países industrializados. Paralelamente ao aumento da freqüência deste tumor, avanços importantes no conhecimento da sua fisiopatologia e desenvolvimentos de novos agentes para quimioterapia, permitiram um aumento expressivo das taxas de cura, que era de 30% na década de  1970 para mais de 95% atualmente.
Em cerca de 70% dos casos o tumor está confinado ao testículo, no momento do diagnóstico. O sintoma mais comum é o aumento indolor do volume do testículo.Este aumento muitas vezes é confundido com processos inflamatórios, como epididimite e orquite. Quero ressaltar que é muito importante que o paciente, assim que perceber algum nódulo (carôço) na região da bolsa testicular (escroto), deverá imediatamente procurar orientação médica. Pelo fato de inicialmente ser indolor, muitas vezes o paciente demora em manifestar o problema.
Com a presença do nódulo, é indicado a ultrassonografia escrotal, que tem bastante sensibilidade para o diagnóstico do tumor testicular, diferenciando de lesões inflamatórias. Quanto aos exames de laboratórios, a alfa-fetoproteina e o Beta-HCG  são importantes no diagnóstico, no estadiamento  (para definir se a doença é localizada ou não). No prognóstico e no monitoramento do tratamento.A Desidrogenase Lática (DHL) representa um marcador inespecífico que se eleva em até 80 % dos pacientes com tumor germinativo, tanto seminoma como não-seminomatosos.
A classificação dos tumores de testículo, do ponto de vista histológico, podem ser agrupados em:
A-Tumores de células germinativas:
-Seminomas (50%)
-Não Seminomas (50%)
B-Tumores do Estroma gonadal.
C-Tumores Mistos.
D-Outros como Sarcoma, etc.

O tratamento inicial é a cirurgia (Orquiectomia) por via inguinal, com  retirada do testículo ,  do epidídimo, do cordão espermático e as túnicas que os envolvem.
Como tratamento adjuvante (após a cirurgia) pode-se indicar vigilância ativa, radioterapia dos gânglios linfáticos inguinais e retroperitoniais, quimioterapia e linfadenectomia retroperitonial em alguns casos.

O prognóstico depende do tipo histológico e do estadiamento, podendo chegar a quase 100% de cura nos Seminomas  em estágios iniciais.









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