Há alguns
anos eu estava trabalhando como médico da delegação brasileira em uma
competição internacional, quando uma iatista interrompeu o meu café da manhã
falando: Doutor, o senhor viu o vento hoje?
Percebi
seu rosto tenso e angustiado e respondi: Não, não vi.
Ela,
então, quase num desabafo, falou: Está péssimo!
Percebi
onde ela estava querendo chegar e rapidamente falei: Está péssimo só na sua
rota?
Ela,
sorrindo, respondeu: Não! Está péssimo para todo mundo!
Então
completei: Para uma iatista não existe vento péssimo, porque ele é igual para todos
os atletas. Quem decide a qualidade do vento é quem está competindo. Alguém
ganhará a prova hoje, e, por favor, dê um jeito de ser você, porque estamos
todos na torcida.
A
impressão que tive foi de que ela saiu sorrindo um pouco mais tranquila.
O
grande escritor Roberto Shinyashiki nos relata esse diálogo, num de seus
livros, e nos quer dizer da importância de sempre avançar...
As
brisas, os ventos, as tempestades sopram na vida de todos e cabe a cada um de
nós contorná-los, vencê-los, superá-los...
Eles
podem acontecer na forma da ansiedade, da angústia, da decepção, da frustração,
da dor, do desânimo, do temor, da desesperança, da intolerância, do cansaço... Mas,
temos a certeza que passam! Tudo depende de como os enfrentamos. E, se nos sentimos
sozinhos, podemos recorrer aos que vivem perto de nós e em quem confiamos.
Cada
mudança na vida exige uma nova atitude, uma nova postura, que precisam ser fortalecidas
pela confiança.
Ficamos
preocupados demais!
Até
nos momentos especiais, como por exemplo, no primeiro dia de aula dos filhos. Há
pais que preferem ficar tensos, em vez de comemorar esse momento tão bonito na vida
da família.
Na
vida, às vezes, as coisas acontecem devagar!
Se
nós não conseguimos fazer alguma coisa grandiosa hoje, que façamos algo pequeno
mesmo. Pois, ‘pequenos riachos acabam se convertendo em grandes rios’.
Temos
a certeza que podemos contar sempre com a benção e a graça de Deus nosso Pai.
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