sexta-feira, 14 de junho de 2013

Renascimento em 57 lições


O sucesso da mostra dos impressionistas franceses do acervo do Museu d'Orsay, que levou no ano passado 325 mil pessoas ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em São Paulo, incentivou que, a partir de 13 de julho, nada menos que 57 peças assinadas por Da Vinci, Michelangelo, Rafael, Bellini, Ticiano, Tintoretto, Giorgione, Veronese, Lotto,  Correggio e outros possam ser vistas na mostra “Mestres do Renascimento: Obras-Primas Italianas”. (Antonio Gonçalves Filho, O Estado de S.Paulo, 9/6, C6)
 
         A exposição será precedida de uma introdução didática ao público e representa  uma oportunidade única de entender a evolução desse movimento artístico o mais influente do Ocidente ao qual estão ligados nomes históricos importantes. O Estadão noticiou com orgulho que teve acesso exclusivo à lista dessas obras, que são “57 lições sobre o maior movimento artístico registrado na história da arte”.

         Ainda mais complexa que a mostra dos impressionistas franceses (porque as obras são provenientes de diversos museus italianos e de coleções privadas), a exposição vai ser dividida em cinco núcleos geográficos que representam o território italiano do século 16 e reúne artistas que trabalhavam em Florença, Roma, Veneza, Milão, além de Ferrara e Urbino.
         Segundo  Antonio Gonçalves Filho, “definir o que foi o Renascimento italiano é tarefa ingrata, já que há confusão entre o que foi o pré-Renascimento (ainda no século 15), o primeiro Renascimento (em Florença) e o segundo Renascimento (em Roma). No entanto, a exposição foi organizada de modo que o público possa entender como a Europa do século 16 abandonou as formas da Idade Média e da primeira modernidade, marcada pelas grandes navegações, em troca de um ideal de beleza, equilíbrio e harmonia, o que significava a ruptura com estilos e escolas antigas”.

        Os artistas florentinos, romanos e venezianos vão ficar separados dos outros e ocuparão dois dos três andares do CCBB. Assim, Michelangelo subversivo contestador do idealismo clássico e que trabalhava em Roma vai ficar longe de Rafael, que, em Florença, deu forma definitiva ao ideal de harmonia perseguido pelo Renascimento italiano, como pode ser conferido por seu belo “Cristo Benedicente” (1), de 1506.
         A arte veneziana do século 16 estará representada por Bellini, com uma “Anunciação” (2) e Ticiano,  com um retrato de Madalena (3), pintado entre 1550 e 1555.
         A mostra italiana trará também obras de Mantegna, Perugino e Crivelli.
         Por todos os motivos e razões, absolutamente imperdível!




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