sexta-feira, 13 de setembro de 2013

A NOVA ‘CLASSE C’ E SUA FORÇA NO MERCADO BRASILEIRO


“Esta camada não é homogênea e fatores relacionados à vida cotidiana, como acesso à educação, saúde, segurança, lazer, cultura, tipo de profissão e redes de sociabilidade, interferem diretamente nas suas prioridades, na forma de pensar e fazer suas escolhas de consumo” –  Hilaine Yaccoub, Antropóloga e Especialista em consumo popular da Consumoteca



O varejo brasileiro tem passado por muitas mudanças nos últimos anos. Entre as mais significativas, frequentemente aparecem: o aumento do poder aquisitivo da população; o maior nível de informação do consumidor em geral e a necessidade de um atendimento mais humanizado e personalizado.
Os consumidores que antes se contentavam com os argumentos dos vendedores em uma loja de eletrônicos, por exemplo, hoje chegam aos estabelecimentos muito bem informados e certos do que desejam e/ou necessitam. Mas isso não significa que queiram apenas o autoatendimento. Mais do que nunca, esperam encontrar vendedores com conhecimento, verdadeiros especialistas, atenciosos e dispostos a oferecerem um atendimento personalizado.
Esta é uma classe mais fiel às marcas que usa, que valoriza seu dinheiro e a indicação de amigos e familiares que já tenham experimentado o produto anteriormente. A entrega do que o produto promete, é muito valorizada, gerando forte rejeição quando esta não acontece. Ou seja, se prometer, tem que cumprir! E em caso contrário, arcar com as consequências pode ter um custo muito alto. Um consumidor insatisfeito hoje, faz muito mais alarde do que antigamente!
 “A classe C se tornou o centro das atenções da economia, com a entrada de 40 milhões de pessoas na última década. Esta fatia da população equivale a um mercado que movimenta R$ 1 trilhão por ano, valor que representa mais do que a soma do PIB anual de Argentina, Paraguai, Portugal e Uruguai. Esta parcela da população é responsável por mais de 60% da renda nacional. Os novos consumidores representam 53% da população brasileira de acordo com o IBGE, e nos últimos anos passaram a despertar o interesse do mercado que quer conquistar essa fatia.” Estes dados fazem parte do estudo “8 Constatações sobre o consumo popular no Brasil”, realizado pela Consumoteca.
Nem por isso a nova classe média deseja ser como os cidadãos de classes mais altas. Ao contrário, se orgulham de onde moram, valorizam sua raça e características físicas. Seus maiores gastos são realizados em prol da família, dos filhos e da casa. O valor da parcela, na compra a prazo, é mais relevante que o preço final – ela precisa ‘caber no bolso’, não comprometendo o orçamento familiar. A venda porta-a-porta atende bem este consumidor, do cosmético às viagens turísticas, passando pela TV por assinatura e planos de saúde.

Estes são apenas alguns dados, de um dos estudos feitos sobre esta nova classe de consumidores. Os varejistas têm muito a ganhar, se ficarem atentos a todas estas transformações socioeconômicas. E muito a perder, se não o fizerem...  







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