“Os meios de comunicação existem para incomodar. Um jornalismo cor-de-rosa é socialmente irrelevante” (Carlos Alberto Di Franco, diretor de Master em jornalismo e professor de ética da Comunicação).
Desde
que surgiram as primeiras publicações periódicas, no século XVII, a imprensa
tem constituído um permanente canal de informação e comunicação para a
sociedade, em todos os países do mundo.
Em
Lisboa, a Gazeta começou a circular em 1641, sendo o primeiro periódico que se
crê ter existido em Portugal. Antes dela já existiam os chamados papéis
volantes – relações ou notícias avulsas, que não apresentavam a periodicidade
que caracteriza o jornalismo.
No
Brasil, em 1746, foi inaugurada uma tipografia no Rio de Janeiro, fechada no ano
seguinte por Carta Régia que proibia a impressão de livros ou papéis avulsos na
Colônia. Em 1808, com a vinda da Coroa Portuguesa, houve a fundação da Imprensa
Régia, que depois passou a chamar-se Imprensa Nacional. Em 1821, o príncipe
regente Dom Pedro I decretou o fim da censura prévia a toda matéria escrita,
tornando a palavra impressa livre no país. (Cumpre notar que, por dois períodos
ditatoriais, o da ditadura Vargas e o da ditadura militar, houve a volta da censura prévia aos meios de
comunicação em geral e à imprensa escrita em particular!). Em 1825, foi fundado
o Diário de Pernambuco, o mais antigo jornal em circulação da América latina.
Em 1827, surgiu o farol Paulistano, o primeiro jornal de São Paulo.
Em
1878, a revista O Besouro do Rio de Janeiro, publicou as primeiras fotos da
imprensa brasileira, retratando crianças mortas pela seca do Nordeste – como se
nota, um problema antigo e ainda sem solução! Em 1892, surgiram os primeiros
jornaleiros e as primeiras bancas de jornal no Brasil.
Assim,
ao longo do tempo, a imprensa escrita brasileira tem se adaptado às mudanças
sócio-histórico-culturais, ao mesmo tempo em que mantém suas marcas de
identidade; interpreta a atualidade dos fatos, baseada em referências
históricas recentes; explica com outros detalhes o que os leitores ouviram no
rádio, viram na televisão ou leram rapidamente na internet.
Um
jornal de cidade do interior, por sua vez, tem ainda o objetivo de proporcionar
aos leitores, informações relevantes, úteis ou interessantes, focalizadas sob o
ponto de vista da comunidade do local onde circula.
Essa
imprensa cumpre uma função de coesão social: integra os cidadãos, aumenta o
interesse pelos problemas alheios, alertam para acontecimentos e novas
perspectivas críticas.
Assim,
ao completar novecentas edições de circulação e distribuição gratuita em
Valinhos, Vinhedo, Louveira e Itatiba, NOTÍCIAS se coloca como um meio de
comunicação disposto a incomodar, a ser socialmente relevante, a continuar
independente e livre de influências político-partidárias.
Segundo
o importante colunista do The New York Times, William Safire, o jornalismo tem
futuro hoje, entre outras razões, porque “o partido político no poder precisa
de um contestador à altura e não de um líder de torcida; e os que estão fora do
poder precisam da ajuda da imprensa para fazer os que estão dentro prestar
contas”.
NOTÍCIAS
tem a intenção e o objetivo de continuar, como até aqui, a fazer essa ponte,
porque a imprensa é um meio de transformação social e amadurecimento cultural.
E jornalismo é sério demais para que o público se contente apenas em consumir
informações. E porque “o prestigio de uma publicação não é fruto do acaso. É
uma conquista de cada edição. A credibilidade não convive com a leviandade e só
há uma receita duradoura: profissionalismo, ética e talento”, como disse o
jornalista Carlos Alberto Di Franco.
Texto Tom Santos |
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