Militar de carreira o tenente coronel Edgard Pereira
Armond nasceu em 14 de junho de 1894, em Guaratinguetá, Estado de São Paulo. Em
1915 alistou-se na Força Pública do Estado de São Paulo, hoje conhecida como
Polícia Militar, como praça de pré, ingressando na Escola de Oficiais dois anos
depois de seu alistamento. Em 1919 alcança a patente de 2º Tenente e casa-se
com Nancy de Menezes Armond. Com D. Nancy tiveram quatro filhos biológicos e
dois adotivos.
Em 1921. Edgard Armond é iniciado na maçonaria, na
augusta e respeitável Loja Simbólica “Trabalho”, da cidade de Amparo, Estado de
São Paulo. Embora não tenha permanecido muito tempo na maçonaria, chegou ao
grau de mestre maçom.
Sua tendência religiosa começou desde cedo, pois aos 16
anos de idade, estudava as religiões do Oriente. Em 1920 iniciou a tradução de
“Os Vedas”, textos indianos dos tempos antigos, aproximadamente 1500 A.C.
Em 1939, já aposentado da Força Pública devido a um
acidente de carro em 1938, escreve Contos Espiritualistas e Pensamentos. Este
livro com edição de apenas 100 exemplares.
No final de 1939 foi enviado por orientação mediúnica à
Federação Espírita do Estado de São Paulo – FEESP para oferecer sua
colaboração. Chegando lá, foi recebido com entusiasmo por Américo Montagnini, então
presidente da Federação que o inteirou da situação em que se encontrava a instituição.
Após tomar conhecimento do assunto, Armond propõe uma frente de ação para tirar
a Federação das dificuldades que se encontrava.
Em 21 de fevereiro de 1940 foi eleito como secretário geral da Federação e ali
ofereceu 27 anos de trabalhos produtivos mudando os rumos do Espiritismo no
Estado de São Paulo e no Brasil.
Armond sistematizou o estudo da doutrina espírita
criando cursos e escolas espíritas, bem como ensinou-nos a administrar uma
instituição espírita com organização e método. Porém, devemos nos lembrar, que
ele não pode ser conhecido somente por essas iniciativas que foram de grande valia
para o Espiritismo e sim também, como o criador de uma metodologia de prática
da moral espírita no dia a dia de seu adepto, que foi a Escola de Aprendizes do
Evangelho. Processo de iniciação espiritual que tira o adepto do Espiritismo no
sistema clássico de se aprender a doutrina apenas através de cursos técnicos e
intelectuais, mas sim, uma proposta de iniciação espiritual com base no
Evangelho de Jesus o que faz com que a pessoa compreenda sua missão na terra, a
importância do Espiritismo
como um transformador do caráter fazendo jus ao lema
reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos
esforços que faz para anular em si, suas más tendências.
De suas iniciativas dentro do movimento espírita, também
destacamos a criação USE – União das Sociedades Espíritas do Estado de São
Paulo em 1947.
Como grande estudioso da mediunidade, Armond foi um
grande colaborador da literatura nesta área publicando obras que foram e
continuam sendo referências para os interessados do assunto, tais como Mediunidade,
Desenvolvimento Mediúnico e Passes e Radiações. Como incansável produtor do pensamento,
legou ao Espiritismo uma vasta literatura abordando os vários aspectos da
doutrina, bem como romances que remontam os primórdios da humanidade, Os
Exilados da Capela é sua obra mais conhecida, lançada em 1951.
Em 29 de novembro de 1982, após sua última hospitalização,
Edgard Armond desencarna no hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo.
Homenagem da Editora Aliança a Edgard Armond.
Se nossos leitores pretendem algum exemplar, ligue para (19) 7805.7302
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