sexta-feira, 12 de setembro de 2014

A (in)justiça da bolsa-família




O governo federal deu, neste ano de 2014, os seguintes reajustes de valores: para os aposentados 5,7%; para o trabalhador ainda na ativa 7,5% e para o Programa Bolsa-Família 10%.

Verifiquem que o reajuste para o Programa Bolsa-Família foi o maior, enquanto que para os aposentados foi o menor.

Desculpem, mas não posso deixar de considerar — pelo menos considerar — que o reajuste da Bolsa-Família foi maior pelo fato do indiscutível interesse que o atual governo tem no sentido de garantir o voto de quem não tem compromisso com o trabalho. Afinal, um em cada quatro brasileiros está cadastrado no Bolsa-Família. Na realidade, são 45,8 milhões de beneficiados, sendo a maior parte concentrada no Nordeste e, especificamente, no Ceará, sendo que a Bahia é, hoje, o maior estado em número de beneficiados, como informa o secretário nacional de Renda e Cidadania do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Luis Henrique Paiva.

Também não posso deixar de considerar que o Programa Bolsa-Família tem o seu mérito. Mas, é inegável que houve um desvirtuamento da ideia original, visto que esse Programa é meramente assistencialista e não contribui para melhorar a inserção dos seus beneficiários no mercado de trabalho. E quando isso eventualmente ocorre, acontece de forma precária.



E observem que em comparação com quem está trabalhando, inserido no mercado de trabalho, esse trabalhador ganha menos.

E o que dizer quanto aos aposentados? A cada ano que passa a defasagem é maior, o aposentado vai ganhando menos. O país, hoje, tem mais de trinta milhões de aposentados! A distribuição da renda pelo governo é desigual, eu diria até odiosa no instante em que privilegia quem não trabalha em detrimento de quem trabalha e de quem já trabalhou por muito e muito tempo. O nosso dinheiro, em razão dessa politicalha, vai para quem nunca trabalhou 35 anos na vida, que é o tempo que o cidadão tem que comprovar para ter o benefício — benefício? — da aposentadoria. Mas não é assim que o governo enxerga e pratica as coisas, já que só pensa em garantir sua permanência no poder!

Vamos pensar e refletir. Vamos analisar os candidatos e verificar quais aqueles que buscam implantar políticas sérias, honestas, que efetivamente habilitem as pessoas a pescar, não só a receber os peixes em troca de votos. Afinal de contas, as eleições estão à nossa porta!...












Edição n.º 952 - Página 08 


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