“Varejo consiste em todas as atividades
que englobam o processo de venda de produtos e serviços para atender a uma
necessidade pessoal do consumidor final. O varejista é qualquer instituição
cuja atividade principal consiste no varejo, isto é, na venda de produtos e
serviços para o consumidor final. Quando se fala em varejo, logo surge na mente
a imagem de uma loja, porém, as atividades varejistas podem ser realizadas
também pelo telefone, pelo correio, pela internet e também na casa do
consumidor.” – Juracy Parente.
O varejo brasileiro se
modificou muito nos últimos vinte anos.
Para visualizar melhor as
transformações ocorridas no mercado varejista, é interessante seguir a linha de
raciocínio de Juracy Parente, autor do livro Varejo no Brasil – gestão e
estratégia.
A ampliação da participação
de grandes varejistas globais no mercado brasileiro, como Wal-Mart, Carrefour e
Casino, trouxe novas técnicas de gestão. Com essa mudança de cenário,
varejistas brasileiros (como Mesbla e Mappin) se viram sem condições de fazer
frente à concorrência, o que foi fatal para estas empresas.
A partir de então, ficou
claro que informação e conhecimento são cada vez mais imprescindíveis à
sobrevivência dos empreendimentos varejistas. As modificações do ambiente
tecnológico, econômico e social, no qual está inserido o varejo brasileiro,
estão transformando completamente este ramo.
Algumas tendências que
estão impulsionando tais transformações são: o aumento da globalização, que
multiplica a presença de grupos e franquias internacionais no mercado varejista
brasileiro; o acelerado processo de consolidação, com cada vez mais um pequeno
número de empresas assumindo crescente participação no volume dos negócios; o
consequente aumento do poder do varejo, que passa a impor condições de
fornecimento, devido aos grandes volumes de negócios.
Mais do que nunca, baixo
custo e alta eficiência no canal de distribuição são imprescindíveis para o
sucesso varejista. A criatividade tem sido uma tônica no setor – novos formatos
e composições surgem a todo tempo.
O mercado responde às
necessidades e exigências do consumidor. O aumento da renda ‘per capita’, a
‘busca da conveniência’, a ‘falta de tempo’ e o trânsito caótico nas grandes
cidades, têm direcionado as mudanças de comportamento e os hábitos de compra.
As ofertas de produtos e
serviços procuram atender a demanda crescente, com a tendência de reuni-las em
um mesmo espaço, inclusive para que o consumidor tenha uma experiência de
socialização e lazer durante as compras.
Por essa razão, é cada vez
mais comum que as lojas tenham balcões de café, água e sucos, salas de estar
com TV e sofás confortáveis. Desta forma, até a espera, quando se faz
necessária, passa a ser um momento agradável. Tanto para o consumidor, como para
seus acompanhantes.
Como o maior foco hoje está
no cliente e no marketing de relacionamento, a tecnologia de bancos de dados
possibilita aos varejistas desenvolverem um relacionamento individualizado com
o consumidor, com o objetivo de fidelização do cliente.
O autosserviço é um estilo
de operação que tem aumentado em alguns setores como lojas de material de
construção, material de escritório, brinquedos, autopeças, confecções,
farmácias e restaurantes.
O sucesso dos restaurantes
por quilo expressa bem que há muitos clientes que aprovam o estilo do autosserviço,
que além de oferecer preços competitivos, dá ao cliente a liberdade de escolha,
de acordo com suas preferências.
Os centros de compras
planejadas – shopping centers, inicialmente eram direcionados para os
consumidores das classes A e B. Atualmente, com o aumento do poder de compra da
classe C, os shoppings já passaram a atender este público, com mix de lojas
adequado.
O varejo nos centros
comerciais de rua, varia de acordo com a região onde se situa, podendo ter
características mais populares, atendendo aos segmentos das classes mais
baixas; ou características mais sofisticadas – lojas exclusivas, com artigos de luxo e
pitorescos, atendendo às classes mais altas.
Os principais setores
varejistas no Brasil são: o varejo de alimentos, as revendas e lojas de carros,
os postos de gasolina, as lojas de eletrodomésticos e o varejo de confecção,
que movimentam a economia de forma positiva e significativa, a despeito dos
números, que não têm sido nada animadores.
Edição n.º 951 - Página 07
Nenhum comentário:
Postar um comentário