Como é que pode uma mulher tão pequena, tão
frágil, com uma voz fraca, assustar tanto os detentores do poder a ponto destes
quererem destruí-la a qualquer custo?
Os poderosos de plantão não admitem o debate
democrático e “nunca antes neste país se usou tanta mentira e difamação para
atacar um adversário como faz agora o PT” (Veja, edição 2391, nº 38,
17/9/21014). Apavorados com a perspectiva — impossível na sua concepção —, de
perder o poder, atacam a socialista Marina Silva, o fenômeno eleitoral que surgiu
das cinzas do espólio de Eduardo Campos, morto num trágico “acidente” de avião,
com o que podem e com o que não podem.
A presidente Dilma critica Marina,
com um tempo de exposição na mídia muitíssimo maior do que o de Marina, utilizando-se
do mesmo argumento do candidato Aécio Neves, afirmando que se eleita, Marina
não faria um bom governo, pois não tem apoio de partidários, o que dificultaria
muito a aprovação de seus projetos. Não teria um governo forte e que pudesse de
fato favorecer a população. Até aí tudo bem. Mas, o mais chocante é que a
Presidente do Brasil perdeu as estribeiras de vez ao afirmar que Marina vai
abandonar o pré-sal; será um novo Collor (até os próprios aliados não escaparam
da fúria de Dilma); é sustentada por banqueiros; que no governo o Banco Central
independente (bandeira defendida por Marina) significa miséria para os
brasileiros (esquecendo-se que a autonomia operacional do BC também já foi
bandeira de Lula e dela, Dilma); vai acabar com a Bolsa Família; vai tirar 1,3
trilhões de reais da educação e da saúde!... Mentiras e mais mentiras. Mas o
impacto que têm sobre os inocentes cidadãos que ouvem e assistem a Chefe da
Nação proferir essas mentiras é preocupante, pois é a presidente do país que
está falando e prestando um enorme desserviço à instituição “Presidência da
República” e, sobretudo, à democracia. A fúria para afastar Marina é tanta que
o partido hoje no poder passa como um trator em cima de princípios, ética e
verdade. Aliás, diga-se a favor do ex-presidente Lula, que este não ousou
defender o uso dessa pesada artilharia contra Marina, visto que ela tem uma
história similar à sua e construiu sua trajetória política a partir do PT.
O que se colhe dessa
metralhadora giratória — que é a poderosa máquina de propaganda política do PT —
é que o partido está apenas interessado em não largar o osso e que se dane o
resto... E o povo? O povo, ora o povo, este é apenas um mero detalhe e que só
serve para permitir a perpetuação do poder a qualquer custo.
E na luta de Davi contra
Golias, Marina com seu pouco tempo de propaganda eleitoral, afirma que tem um
novo projeto para o Brasil e se compromete com a garantia de escolas de ensino
em tempo integral e a saúde. Afirma ainda, que a sua intenção é destinar 10% da
arrecadação da União para a saúde. Ela propõe uma nova política para governar,
mas não critica adversários.
O Brasil não precisa de
força política, o Brasil precisa de políticos honestos e trabalhadores em prol
da sociedade, para lutar com o objetivo de que os direitos que são
desrespeitados pelas forças políticas desta Nação, retornem aos seus legítimos
titulares, os cidadãos de bem deste país.
Edição n.º 953 - página 08
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