“O forte dos tucanos nunca foi o senso de humor, mas desta vez eles
acertaram na mosca azul. Ao usarem as redes sociais para transformar em piada o
bordão “a culpa é do FHC”, prestaram um relevante serviço público, por três
bons motivos. Primeiro, ajudaram a descontrair um pouco o estado de espírito
dos brasileiros, que anda sobrecarregado de azedume, ressentimento, ódio e
intolerância – além de ira justificada, é claro. Depois, deram uma valiosa
mãozinha para despedaçar um pouco mais a precaríssima fachada de ética que
resta no discurso dos governistas mais obsessivos. Por fim, contribuíram para
devolver um pouco de racionalidade ao debate político.” (Eugenio
Bucci, O Estado de S.Paulo, 05/03,
A2)
Em 22/02/2015, um dos blogs da VEJA estampava: “culpa do FHC: memes
ironizam cinismo de Dilma contra governo do tucano. O PT roubou pelo menos 640
milhões de reais da Petrobras, de acordo com a Operação Lava Jato da Polícia
Federal, mas, depois de quase dois meses de silêncio diante dos escândalos de
corrupção e estelionatos eleitorais de seu governo, a presidente-papagaio do
marqueteiro João Santana condenou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso por
não ter investigado um (!) funcionário ladrão que atuava na estatal desde 1997
– curiosamente o mesmo que o PT incorporou ao esquema de propinas montado em
2003, durante o governo Lula. Pedro Barusco virou braço-direito do petista
Renato Duque, indicado para o cargo na Diretoria de Serviços pelo mensaleiro
condenado José Dirceu, também do PT. Resultado: FHC comparou Dilma ao batedor
de carteira que rouba e grita “Pega ladrão!”; e uma série de memes que ironizam
o cinismo da presidente contra o governo do tucano, encerrado há mais de 4.430
dias, espalharam-se pelas redes sociais.”
As montagens de imagens mostradas nas
redes sociais transformaram em piada o bordão “a culpa é do FHC”: o
enforcamento de Tiradentes (1792); a gripe espanhola (1918); a crise cafeeira
(1929); a derrota do Brasil pelo Uruguai na Copa de 1950 (ver a capa da Gazeta Esportiva de 17/07/1950); a morte de
Getúlio Vargas (1954); o golpe militar (1964); o incêndio do Joelma (1974); o
naufrágio do Bateau Mouche (1988).
...Continua na página 04
Edição n.º 978 - página 01
Nenhum comentário:
Postar um comentário