“A fraqueza, o
medo e o desespero morreram; a força, o poder e a coragem nasceram. Aprendi a
compaixão com Maomé, o profeta da misericórdia, e com Jesus Cristo e o Sr.
Buda. Este é o legado da mudança que herdei de Martin Luther King e Nelson
Mandela. Esta é a filosofia da não-violência que aprendi com Gandhi e Madre
Teresa. E este é o perdão que aprendi com meu pai e minha mãe.”
No dia de seu aniversário de 16 anos,
este foi o poderoso discurso feito pela
paquistanesa Malala Yousafzai na semana passada, na sede das Nações
Unidas (ONU), na sua primeira aparição pública desde que foi atingida na cabeça
por tiros disparados por um extremista talibã, em outubro de 2012, quando ela
ia para a escola em um ônibus, perto de sua casa no Vale do Swat, Paquistão.
(Malala recebeu tratamento médico na Grã-Bretanha, onde mora atualmente, mas o
ataque atraiu as atenções para a campanha dela em favor de mais oportunidades
de estudo para as mulheres.)
Na
cerimônia, num gesto simbólico, Malala vestia um véu rosa e um xale que
pertenceram à líder paquistanesa assassinada Benazir Bhutto.
O depoimento da adolescente terminou de maneira forte e definitiva: "Os terroristas pensaram que a bala iria me silenciar, mas fracassaram. Eles pensaram que mudariam meus objetivos e interromperiam minhas ambições, mas nada mudou na minha vida. Os extremistas tinham e têm medo de livros e canetas, do poder da educação. O poder da educação os silenciou. Eles têm medo das mulheres. Vamos pegar nossos livros e canetas. Eles são nossa arma mais poderosa. Uma criança, um professor, uma caneta e um livro podem mudar o mundo. Educação é a única solução. Educação em primeiro lugar", finalizou.
Malala foi longamente aplaudida pelo
secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, por outras autoridades e pelas centenas de pessoas presentes, que cantaram “Parabéns a Você” em
homenagem a ela.
É emocionante sermos contemporâneos
deste novo tempo, em que testemunhamos o nascimento de uma líder humanista e
pacifista: em abril passado, a revista Time apontou-a como uma das pessoas mais
influentes de 2013, e ela é considerada uma forte candidata ao prêmio Nobel da Paz.
Longa vida e muita força a essa
incrível e corajosa Malala!
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