“O honesto é pobre, o
ocioso triunfa, o incompetente manda.”
(Gregório de Matos Guerra, o Boca do Inferno)
Sempre
tenho dito que a internet é hoje a forma que as pessoas encontraram para se
comunicar. E é na internet que colho um depoimento que não posso deixar de
trazer à leitura do meu leitor, caso não tenha tido a oportunidade de a ele ter
tido acesso. É um relato de autoria da doutora Juliana Mynssen da Fonseca
Cardoso, cirurgiã-geral no Hospital Estadual Azevedo Lima, no Rio de Janeiro,
que o intitula “O dia em que a ‘presidenta’ Dilma em 10 minutos cuspiu no rosto
de 370.000 médicos brasileiros”.
Relata
a doutora Juliana: “Há alguns meses eu fiz um plantão em que chorei. (...) Eu,
que carrego no carro o manual da equipe militar que atendia ‘na guerra do’
Afeganistão, chorei. (...) Na frente da sala de sutura tinha um paciente idoso
internado. Numa cadeira. Com o soro pendurado num prego similar aos que
pregamos samambaias. Ao seu lado, seu filho. (...) Seu pai estava há mais de um
dia na cadeira. Ia desmaiar. Tudo o que o rapaz queria era uma maca. Teve um
momento em que ele desmoronou. Se ajoelhou no chão, começou a chorar, olhou
para mim e disse: ‘Não é para mim. É para o meu pai’. Saí, chorei, briguei e o
coloquei numa maca na ala feminina. (...) Nestes últimos dias de protestos nas
ruas e nas mídias, brigamos por um país melhor. (...) Não tenho palavras para
descrever o que penso da ‘presidenta’ Dilma. (Uma figura que se proclama
‘presidenta’ já não merece a minha atenção.) Mas hoje, por mi, por você, pelo
meu paciente na cadeira, eu a ouvi. (Ela) disse que importará médicos para
melhorar a saúde do Brasil... Melhorar a qualidade? Sra. ‘presidenta’, eu sou
uma médica de qualidade. (...) o médico brasileiro é de qualidade. Os seus
hospitais é que não são. O seu SUS é que não tem qualidade. O seu governo é que
não tem qualidade. O dia em que a sra. ‘presidenta’ abrir uma ficha numa UPA,
for internada num hospital estadual, pegar um remédio numa fila do SUS, e falar
que isso é de qualidade, aí conversaremos. Não cuspa na minha cara. Não pise no
meu diploma. Não me culpe da sua incompetência.”
E agora, José, digo, ‘presidenta’
Dilma? Será que a doutora Juliana está contente com o “plebiscito” tirado da
manga do seu governo para desviar a atenção do povo para com os verdadeiros
problemas da saúde, da educação, da segurança, do fim da corrupção e da
qualidade de vida almejada? E aí, ex-presidente Lula que diz ter criado no
Brasil “um dos melhores serviços de saúde do mundo”, mas se trata no Hospital
Sírio-Libanês de São Paulo, o que tem a dizer do relato da doutora Juliana?
Acredito
que para esses ilustres personagens pouco interessa essa denúncia. Nem dão
bola! A eles pouco se dá se o povo não quer plebiscito que tem como objetivo a
perpetuação do PT no poder. O povo quer mudanças efetivas que atendam ao clamor
das ruas. É só ler os cartazes dos manifestantes nas Passeatas do Vinagre.
Talvez o erro tenha sido não ter desenhado essas reivindicações. Ficaria mais
fácil de entender.
O
povo está cansado de pouco pão e muito circo. Que o governo governe para o povo
e não à custa do povo. Será que é querer muito?
Se
isso não acontecer, convido você, caro leitor, a dizer em alto e bom som: -
estou farto disso. Basta! Vamos mudar! Pela nossa geração, pela geração dos
nossos filhos e dos nossos netos!
Não
se esqueça, prezado leitor, que o verdadeiro plebiscito já está agendado para
outubro de 2014, quando renovaremos, pelas urnas, essa mentalidade dos atuais
caciques políticos do país. Caso contrário, vá buscar o seu nariz de palhaço,
ou se não tiver, compre um, e o utilize com orgulho de nada ter feito para
tentar mudar esse trágico estado de coisas.
Tenho dito!
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