sexta-feira, 12 de julho de 2013

Onde está o seu nariz de palhaço?



O honesto é pobre, o ocioso triunfa, o incompetente manda.” 
(Gregório de Matos Guerra, o Boca do Inferno)



Sempre tenho dito que a internet é hoje a forma que as pessoas encontraram para se comunicar. E é na internet que colho um depoimento que não posso deixar de trazer à leitura do meu leitor, caso não tenha tido a oportunidade de a ele ter tido acesso. É um relato de autoria da doutora Juliana Mynssen da Fonseca Cardoso, cirurgiã-geral no Hospital Estadual Azevedo Lima, no Rio de Janeiro, que o intitula “O dia em que a ‘presidenta’ Dilma em 10 minutos cuspiu no rosto de 370.000 médicos brasileiros”.

         Relata a doutora Juliana: “Há alguns meses eu fiz um plantão em que chorei. (...) Eu, que carrego no carro o manual da equipe militar que atendia ‘na guerra do’ Afeganistão, chorei. (...) Na frente da sala de sutura tinha um paciente idoso internado. Numa cadeira. Com o soro pendurado num prego similar aos que pregamos samambaias. Ao seu lado, seu filho. (...) Seu pai estava há mais de um dia na cadeira. Ia desmaiar. Tudo o que o rapaz queria era uma maca. Teve um momento em que ele desmoronou. Se ajoelhou no chão, começou a chorar, olhou para mim e disse: ‘Não é para mim. É para o meu pai’. Saí, chorei, briguei e o coloquei numa maca na ala feminina. (...) Nestes últimos dias de protestos nas ruas e nas mídias, brigamos por um país melhor. (...) Não tenho palavras para descrever o que penso da ‘presidenta’ Dilma. (Uma figura que se proclama ‘presidenta’ já não merece a minha atenção.) Mas hoje, por mi, por você, pelo meu paciente na cadeira, eu a ouvi. (Ela) disse que importará médicos para melhorar a saúde do Brasil... Melhorar a qualidade? Sra. ‘presidenta’, eu sou uma médica de qualidade. (...) o médico brasileiro é de qualidade. Os seus hospitais é que não são. O seu SUS é que não tem qualidade. O seu governo é que não tem qualidade. O dia em que a sra. ‘presidenta’ abrir uma ficha numa UPA, for internada num hospital estadual, pegar um remédio numa fila do SUS, e falar que isso é de qualidade, aí conversaremos. Não cuspa na minha cara. Não pise no meu diploma. Não me culpe da sua incompetência.”

         E agora, José, digo, ‘presidenta’ Dilma? Será que a doutora Juliana está contente com o “plebiscito” tirado da manga do seu governo para desviar a atenção do povo para com os verdadeiros problemas da saúde, da educação, da segurança, do fim da corrupção e da qualidade de vida almejada? E aí, ex-presidente Lula que diz ter criado no Brasil “um dos melhores serviços de saúde do mundo”, mas se trata no Hospital Sírio-Libanês de São Paulo, o que tem a dizer do relato da doutora Juliana?


         Acredito que para esses ilustres personagens pouco interessa essa denúncia. Nem dão bola! A eles pouco se dá se o povo não quer plebiscito que tem como objetivo a perpetuação do PT no poder. O povo quer mudanças efetivas que atendam ao clamor das ruas. É só ler os cartazes dos manifestantes nas Passeatas do Vinagre. Talvez o erro tenha sido não ter desenhado essas reivindicações. Ficaria mais fácil de entender.

         O povo está cansado de pouco pão e muito circo. Que o governo governe para o povo e não à custa do povo. Será que é querer muito?

         Se isso não acontecer, convido você, caro leitor, a dizer em alto e bom som: - estou farto disso. Basta! Vamos mudar! Pela nossa geração, pela geração dos nossos filhos e dos nossos netos!

       Não se esqueça, prezado leitor, que o verdadeiro plebiscito já está agendado para outubro de 2014, quando renovaremos, pelas urnas, essa mentalidade dos atuais caciques políticos do país. Caso contrário, vá buscar o seu nariz de palhaço, ou se não tiver, compre um, e o utilize com orgulho de nada ter feito para tentar mudar esse trágico estado de coisas.
 

         Tenho dito!








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