sexta-feira, 26 de julho de 2013

QUANDO ESCREVER É PRAZER, OFÍCIO E ARTE


“A leitura torna o homem completo; a conversação torna-o ágil e o escrever  dá-lhe precisão.” Francis Bacon – filósofo inglês.
“Devemos escrever para nós mesmos, é assim que podemos chegar aos outros.” Eugène Ionesco – escritor teatral francês.



Eugène Ionesco
Infelizmente, os dias e os ofícios andam desvalorizados... Dizem por aí que atualmente há dia para tudo – e há mesmo! Os calendários de datas comemorativas servem bem ao comércio de produtos e serviços. Assim que é, nas sociedades capitalistas. Mas como não convém se deixar levar por excessos, há dias que merecem nota, comemoração.
Clarice Lispector
 Um deles é o Dia do Escritor – em 25 de julho. Escritores são idealistas que se superam, ao ponto de conseguirem transformar a realidade todos os dias, através das letras – que se unem em palavras, que se combinam em prol de frases, que culminam em textos. Prosas ou versos. Descritivos, narrativos, reais ou fictícios – variados e saborosos são os frutos dos escritores.
Francis Bacon
Na escola, desde os primeiros anos, os professores reforçam a importância da leitura, sem a qual não se aprimora a escrita. Como disse o filósofo Francis Bacon, leitura, conversação e escrita são complementares. São ações independentes e combiná-las é uma escolha. Escolha rara.
Clarice Lispector disse: “Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar, de um modo ou de outro...” Concordo com o desabrochar e por isso discordo sobre não alterar nada, porque todo desabrochar altera. Mas Clarice não estava errada – porque escrever é, na maior parte do tempo, um ato solitário, essencial, visceral. Mesmo quando compartilhado, é pouco valorizado, se compararmos com outras artes. Portanto, ela pensava que era melhor não se iludir, não criar expectativas.
Gabriel Perissé
Gabriel Perissé, escritor e palestrante brasileiro, tem um texto brilhante sobre a arte de escrever. Para resumi-lo em uma só frase, escolho esta: “Escrever é deixar no papel a impressão digital do ser que somos.” É exatamente isto!
Quem escreve por amor à arte, escreve por ofício – vocábulo que tem significado relacionado a destino, incumbência, obrigação natural... O prazer é consequência.
Vinícius Antunes
O final do poema Ideias, do escritor e educador Vinícius Antunes, complementa: “Há um eu a escrever poemas/ que não sou eu a escrever poemas,/ É uma ideia minha, de algum lugar no futuro.”
Que sempre existam escritores, leitores, editoras e livrarias – quadrângulo perfeito, 360 graus de infinitas possibilidades!










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