“A
leitura torna o homem completo; a conversação torna-o ágil e o escrever dá-lhe precisão.” Francis Bacon – filósofo
inglês.
“Devemos
escrever para nós mesmos, é assim que podemos chegar aos outros.” Eugène
Ionesco – escritor teatral francês.
Eugène Ionesco |
Infelizmente,
os dias e os ofícios andam desvalorizados... Dizem por aí que atualmente há dia
para tudo – e há mesmo! Os calendários de datas comemorativas servem bem ao comércio
de produtos e serviços. Assim que é, nas sociedades capitalistas. Mas como não
convém se deixar levar por excessos, há dias que merecem nota, comemoração.
Clarice Lispector |
Um deles é o Dia do Escritor – em 25 de julho.
Escritores são idealistas que se superam, ao ponto de conseguirem transformar a
realidade todos os dias, através das letras – que se unem em palavras, que se
combinam em prol de frases, que culminam em textos. Prosas ou versos. Descritivos,
narrativos, reais ou fictícios – variados e saborosos são os frutos dos
escritores.
Francis Bacon |
Na
escola, desde os primeiros anos, os professores reforçam a importância da
leitura, sem a qual não se aprimora a escrita. Como disse o filósofo Francis
Bacon, leitura, conversação e escrita são complementares. São ações
independentes e combiná-las é uma escolha. Escolha rara.
Clarice
Lispector disse: “Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere
qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo
alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar, de um modo ou de outro...”
Concordo com o desabrochar e por isso discordo sobre não alterar nada, porque
todo desabrochar altera. Mas Clarice não estava errada – porque escrever é, na
maior parte do tempo, um ato solitário, essencial, visceral. Mesmo quando
compartilhado, é pouco valorizado, se compararmos com outras artes. Portanto,
ela pensava que era melhor não se iludir, não criar expectativas.
Gabriel Perissé |
Gabriel
Perissé, escritor e palestrante brasileiro, tem um texto brilhante sobre a arte
de escrever. Para resumi-lo em uma só frase, escolho esta: “Escrever é deixar
no papel a impressão digital do ser que somos.” É exatamente isto!
Quem
escreve por amor à arte, escreve por ofício – vocábulo que tem significado
relacionado a destino, incumbência, obrigação natural... O prazer é
consequência.
Vinícius Antunes |
O
final do poema Ideias, do escritor e
educador Vinícius Antunes, complementa: “Há um eu a escrever poemas/ que não
sou eu a escrever poemas,/ É uma ideia minha, de algum lugar no futuro.”
Que
sempre existam escritores, leitores, editoras e livrarias – quadrângulo
perfeito, 360 graus de infinitas possibilidades!
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