“Quando
se sente bater/ No peito, heróica
pancada,/ Deixa-se a pena de lado,/ Enquanto se vai morrer”. (Hino dos Estudantes de Direito, em 1932)
A
revolução Constitucionalista de 1932, foi um movimento de insurreição contra o
governo provisório de Getúlio Vargas. Ocorreu entre julho e outubro, em São
Paulo.
Os
insurgentes exigiram a convocação da Assembléia Constituinte, promessa antiga
de Vargas.
Além
da Constituição, São Paulo também queria o fim da intervenção federal nos estados.
Houve
uma grande repercussão popular. Os estudantes da
Faculdade de Direito do Largo São Francisco se juntaram aos
manifestantes, e quatro deles foram mortos
pela polícia, durante um comício no centro da capital em 23 de maio de 1932.
Em
homenagem àqueles estudantes, o
movimento passou a se chamar MMDC, iniciais dos
nomes deles: Martins, Miragaia, Drausio e Camargo.
Em
9 de julho, começou a rebelião armada, com milhares de voluntários civis sendo incorporados aos batalhões das forças
estaduais. O Rio Grande do Sul e Minas
Gerais prometeram aderir, mas o reforço
esperado não chegou. São Paulo foi cercado pelas tropas legalistas e depois de
muitas negociações − envolvendo anistia (aos soldados rebeldes) e o exílio
dos líderes civis e chefes militares do
movimento −,
os paulistas anunciaram oficialmente sua rendição, em 3 de outubro de 1932.
A
Constituição foi promulgada pela Assembléia Constituinte somente em 1934. Ela conferia maior poder ao Governo
Federal, reconhecia o voto obrigatório e secreto e o direito de voto às mulheres
(garantido em 1932 através do decreto
21.076 do Código Eleitoral Provisório
).
A
Constituição é a Lei fundamental e suprema de um Estado e as mudanças
constitucionais, em geral, ocorrem no contexto de importantes mudanças sociais
e políticas do país.
As
datas nacionais podem e devem ser festejadas, mas
seria bom que houvesse a preocupação do Estado em fazer conhecer os fatos e feitos históricos, por meio da
educação escolar, para que tais acontecimentos possam ser enaltecidos e comemorados
com dignidade.
As
datas nacionais não podem ser consideradas apenas mais um “feriado” sem
significado histórico.
O
investimento na educação, principalmente a básica, é o caminho para o progresso
e a evolução social, além de ser um passaporte para o Primeiro Mundo.
Se
“o brasileiro é um feriado”, como disse
o dramaturgo Nelson Rodrigues, então tinha razão o ex-presidente francês
Charles de Gaulle, quando afirmou que “o Brasil não é um país sério”...
Texto Tom Santos |
E,
acompanhando com espanto e desgosto a atual crise em que está mergulhado este
Governo Federal (com sua inesgotável incompetência política), dá para acreditar
que o Brasil está bem administrado?
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