A implantação de duas lombadas eletrônicas em Valinhos
já foi concluída. Elas estão instaladas na Estrada do Jequitibá, na conhecida
curva da ‘Biquinha’ (bairro Veneza) e nas proximidades da Escola Leme do Prado,
na Rua São Paulo (Vila Santana). Segundo a Secretaria de Transportes e
Trânsito, o início da operação da fiscalização eletrônica dependerá agora da
aferição dos equipamentos pelo INMETRO que será programada pela empresa DCT
Tecnologia, a mesma que instala e gerencia os radares fixos e de avanço de
sinal vermelho no município.
“Antes que a aferição ocorra, consideramos esta uma fase
educativa na qual os motoristas já passam por uma adaptação. As multas somente
serão de fato aplicadas após a devida aferição”, diz o secretário José Almeida
Sobrinho.
Segundo ele, as lombadas eletrônicas representam
importante alternativa para a prevenção e redução dos índices de acidentes nestas
vias com maior periculosidade. “O contrato com a empresa prevê a possibilidade
de substituição de equipamentos de fiscalização com baixa utilização, por
outros de maior necessidade, sem custos adicionais para o município”,
acrescenta o secretário.
“Os equipamentos registrarão a passagem dos veículos e
multarão os motoristas que excederem o limite máximo permitido para aquela via,
de 40 quilômetros por hora. Uma das vantagens deste sistema de fiscalização
eletrônica em relação ao de radares fixos é que a velocidade controlada pode
ser menor que 50 e 60 km/h, além do próprio equipamento informar ao
condutor a velocidade que ele trafega”, destaca o secretário.
Precipício - Segundo o secretário de
Transportes e Trânsito de Valinhos, a opção em implantar os novos equipamentos
reflete a imediata necessidade em conter acidentes, especialmente na curva da
“Biquinha’, alguns deles fatais, ocasionados principalmente pelo excesso de
velocidade praticado pelos motoristas. “No local há um precipício, com cerca de
15 metros de profundidade, onde já houve registros de queda de veículos e morte
de pessoas", recorda.
"Há muitos anos existem reclamações dos
usuários da via que pedem por melhorias no local. Por isso, optamos pela
implantação de uma lombada eletrônica neste ponto pelas vantagens que o
equipamento oferecerá, inclusive como ação educativa, pois conta com uma
estrutura maior e é mais visível aos motoristas do que os habituais radares
fixos, além de display luminoso com lâmpadas de Led que indicará a velocidade
praticada”, acrescenta o secretário.
Outra consideração do secretário quanto à implantação da
lombada eletrônica nesta curva é que o equipamento é uma alternativa para
suprir as limitações de sinalização e de equipamentos de segurança no trecho
que já é regulamentado com velocidade máxima de 40 quilômetros por hora.
“Para se ter uma idéia, há uma dificuldade para manter
na curva uma defensa, facilmente derrubada pelos veículos que perdem a direção
e colidem com a estrutura. Isto acontece porque não há na curva uma base sólida
para uma boa afixação dos postes para a instalação de defensas que ficam
praticamente soltas e incorrem em uma sensação falsa de segurança para os
motoristas”, explica dr. Almeida.
“Já a colocação de uma lombada física nas proximidades
da curva, comumente utilizada em outras vias, é inviável, pois poderia ser mais
um facilitador para acidentes neste trecho de declive, tornando-se um obstáculo
perigoso quando em excesso de velocidade”, completa.
Vila Santana - A lombada eletrônica
na Rua São Paulo, na Vila Santana, está pouco antes da Escola Estadual Leme do
Prado e substituiu a lombada física que existia anteriormente no local. “O
excesso de velocidade neste trecho, principalmente de motociclistas que não
respeitam o redutor de velocidade, coloca em risco a vida dos pedestres, a
maioria alunos da escola, nos horários de saída e entrada das aulas, e até
mesmo dos guardas municipais que fazem a travessia escolar”, contou o
secretário.
Como funciona - Lombadas eletrônicas são dispositivos usados no
trânsito com o propósito de controlar a velocidade do tráfego. Possui
funcionamento igual ao dos radares, ou seja, a medida da velocidade do objeto
em questão se dá pela modificação do campo magnético entre os laços do pavimento,
que contém os transmissores e receptores da lombada.
Nas lombadas
eletrônicas, possuem ainda o elemento visual: um conjunto de luzes que mostra o
enquadramento da velocidade nas circunstâncias em energia, e um mostrador que
informa ao motorista a sua velocidade depois de atravessar os medidores no
asfalto.
Caso o condutor em questão exceder o limite de
velocidade vigente na via, o sistema do dispositivo eletronicamente registra a
imagem do automóvel infrator através de uma máquina fotográfica, também ligada
a um microcomputador, que possui uma base de dados conectada à companhia de
engenharia de tráfico operante no local. O sistema secundário remete para o
sistema central as comunicações da infração, que avisa o motorista e aplica a
penalização prevista em lei.
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