“O
que será amanhã? Depende da educação de hoje.”
Entendo que educação e
cultura têm influência na aquisição de um tesouro que o tempo não destrói, e
seus fluídos acompanham o ser, independente de seu tempo carnal.
Temos a responsabilidade de
ajudar a divulgar os exemplos de homens e mulheres que abraçaram verdades
edificantes praticando o magistério.
Um ilustre aniversariante
de outubro merece ser lembrado.
Há 209 anos (3 de outubro
de 1804), nasceu Hyppolyte Léon Denizard Rivail, que assumiu o nome druída
(referente a sistema religioso e filosófico de antigos sacerdotes da Inglaterra e da França) de Allan Kardec, já vivido em
encarnação anterior.
Em 65 anos de vida dedicada
aos estudos, Kardec frequentou a Escola de Pestalozzi — o mais sábio, respeitado e célebre professor
daquele tempo, precursor da moderna educação, da chamada “escola ativa”, e
fundador da primeira escola profissional do mundo, na Suiça.
As ideias de Pestalozzi deram impulso à formação de
professores e ao estudo da educação como
ciência: a impressão sensorial era fundamental, a mente tinha que ser ativa, e
o professor era comparado ao jardineiro, que providencia as condições propícias
para o crescimento das plantas.
Aos 14 anos, Allan Kardec
(já como professor Rivail) substituía o fundador Pestalozzi em algumas funções
no Instituto. Além de conhecedor profundo de diversos ramos da ciência, da
filosofia, das religiões e dos idiomas, ele sempre foi atuante no mundo das
letras e no campo do ensino, numa época em que Paris era o centro da cultura
mundial e das ideias libertadoras.
Com inteligência aguçada e
temperamento calmo, racional e lógico, com uma cultura acima da média nas pessoas de sua idade e de seu tempo,
Allan Kardec era inclinado ao método, à ordem e
à disciplina mental: ele praticava, na palavra escrita ou falada, a
precisão, a nitidez, a simplicidade, usando um vernáculo perfeito, livre de
redundâncias.
Em 1824, publicou a Gramática Francesa Clássica e um ensaio
sobre o aperfeiçoamento do ensino no país.
Foi membro da Academia de
Ciências e do Instituto de Ciências da França.
Formado em Letras e Medicina,
também lecionou Química, Anatomia, Física
e Astronomia.
Kardec foi definido por seu
contemporâneo Léon Denis como “o bom senso encarnado”. Ele fez do campo
experimental, no trato com o mundo dos espíritos, uma doutrina de consequências
morais.
Em 1852 iniciou seus estudos sobre o espiritismo, o que o
levou a restaurar o cristianismo puro e fundamentar cientificamente os
princípios da sabedoria antiga, os quais haviam sido enunciados pelos profetas
de Jesus, confirmando-os e dando-lhes igualmente cumprimento, no esclarecimento
das criaturas, a fim de que realizassem a evolução do espírito.
Texto Tom Santos |
Quando desenvolveu a
mediunidade, se opôs ao protótipo de um místico ou missionário. Discutia com os
espíritos, argumentava com eles, analisava-lhes os ensinos, portava-se, na
verdade, não como um aprendiz, mas como um examinador severo. Nada aceitava que
não estivesse conforme a razão. Respondia a perguntas e objeções, explanando as
dificuldades e dando informações a todos os investigadores sérios.
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