A
nossa vida é uma verdadeira obra de arte! Somos artistas que constroem uma
trajetória pessoal e na comunidade onde vivemos. Muitas vezes, porque somos
limitados e precipitados no julgamento, cometemos injustiças com os outros.
Isso
nos lembra o fato da “criança que ganhou um brinquedo no dia do seu
aniversário. No dia seguinte, uma amiga foi até sua casa para fazer-lhe
companhia e brincar. Mas a criança não podia ficar com a amiga, pois tinha que
sair com sua mãe.
A
amiga pediu que a deixasse ficar brincando com seu brinquedo novo até ela
voltar. Ela não gostou muito da idéia, mas por insistência da mãe, acabou
concordando.
Quando
voltou, a amiga já não estava lá e tinha deixado o brinquedo fora da caixa,
todo espalhado e quebrado.
A
criança ficou muito brava e queria ir até a casa da amiga para brigar no mesmo
instante.
Mas
a mãe ponderou: Você se lembra daquela vez que um carro jogou lama no seu
sapato? Ao chegar em casa você queria limpar imediatamente aquela sujeira, mas
sua avó não deixou. Ela falou que você deveria primeiro deixar o barro secar.
Depois, ficaria mais fácil limpar...
E
prosseguiu dizendo: Com a raiva é a mesma coisa. Deixe a raiva secar primeiro,
depois ficará bem mais fácil resolver tudo.
Mais
tarde, a campainha tocou. Era a amiga trazendo um brinquedo novo... Disse que
não tinha sido culpa dela...
E a
menina respondeu: Não faz mal, minha raiva já secou!”
Sabemos
a importância do tempo na criação de uma obra de arte, na secagem das tintas,
da argila, da cola nos tecidos, papéis, da madeira nas esculturas, na música,
na dança, no teatro...
Assim
também na arte da vida, existe um tempo para falar, calar, agir, ouvir, semear
e colher, enxergar o que acontece e expressar os sentimentos mais nobres.
Tomar
atitudes conduzidos pela raiva, pelas discussões, brigas, pelo desejo de
vingança, pela desforra, só vai estragar nossa “obra de arte”, e nos tornar
infelizes.
No
nosso convívio com as pessoas, na família, no trabalho e nas várias situações
da vida, é preciso “esperar o barro secar”, para depois agir com serenidade,
tranqüilidade, equidade e justiça.
É
como a sabedoria chinesa que diz: “Há três coisas que nunca voltam atrás: a
flecha lançada, a oportunidade perdida e a palavra pronunciada.”
Que
Deus na sua infinita bondade, nos ilumine para termos a paciência necessária
enquanto esperamos o “barro secar”...
Essa
atitude nos permite viver com mais tranqüilidade e harmonia, nos permite
compreender o ritmo de cada pessoa e enfrentar com dignidade os desafios que se
apresentam no cotidiano.
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