“Nem todo uso de álcool leva ao abuso, porém, todo abuso
encontra o uso moderado na sua origem.” (Klaus Rehfeldt – Assistente Social e Escritor catarinense)
O uso e
até mesmo o abuso do álcool é muito estimulado, desde a adolescência. Por se
tratar de uma droga lícita, cuja dependência é aleatória e atinge de 10 a 15%
da população, a exposição aos riscos é enorme. Ninguém pode saber se é portador
do alcoolismo, até que comece a beber.
A
dependência química é muito democrática – atinge homens e mulheres, de todas as
raças e credos. Independente de posição social, instrução, formação cultural e
faixa etária. Sempre foi assim. Sempre será.
Mais que
um problema de saúde ou familiar, esta é uma realidade que altera o mercado,
sob vários pontos de vista – sociológico, de consumo, trabalhista – só para
citar alguns. Envolve produtos e serviços variados, modificando tudo à sua
volta. Merece atenção e cuidados, em todas as esferas da sociedade.
Apesar
de ser visto como um vício, o alcoolismo é considerado uma doença, segundo a
Organização Mundial da Saúde (OMS), desde 1967. Por ser irreversível,
incurável, progressiva e fatal, se não for contida, leva à loucura ou à morte
prematura. Caracteriza-se por uma obsessão pelo uso da bebida, que se instala e
que, nos últimos estágios, domina totalmente seu portador. Um alcoólico tenta,
por muito tempo, controlar o uso da bebida. Acredita realmente que isso seja
possível. Mas não há controle no alcoolismo.
Devido à
falta de informação e às características da doença, muitos continuam negando,
tentando esconder ou minimizar os efeitos nocivos do uso e abuso do álcool.
O
alcoólico tenta. A família tenta. Amigos e empregadores tentam. Até que não
seja mais possível negar, esconder, ignorar.
A boa
notícia é que, através da abstinência total e permanente do álcool, é possível
deter a doença. Não é fácil, mas é possível. Um dos caminhos é o alcoólico
reaprender a viver, através da programação de Alcoólicos Anônimos.
Outra boa notícia é que
também há esperança para familiares e amigos de alcoólicos. Os Grupos
Familiares Al-Anon e Alateen oferecem compreensão e apoio necessários àqueles
que desejam uma vida melhor, independente do alcoólico continuar bebendo ou
não. O Al-Anon é para adultos e o Alateen é para jovens de 12 a 19 anos, que
sentem que suas vidas foram ou são afetadas pela maneira de outra pessoa beber.
É muito importante que o familiar procure informação e ajuda, porque a
convivência com um alcoólico pode deixar marcas e causar comportamentos
inadequados, que o tornam insensato, sem perceber.
Nestes grupos a recuperação
se dá através de ajuda mútua, por meio do programa sugerido de recuperação, que
oferece uma nova maneira de ver e viver o dia-a-dia. A troca de experiências,
força e esperança, à luz do programa de “Doze Passos”, transforma e salva vidas
e famílias no mundo todo, desde 1935!
Nestes grupos, não são
cobradas taxas, nem mensalidades. São autossuficientes, através das
contribuições voluntárias dos próprios membros.
Há grupos de AA, Al-Anon e
Alateen no mundo inteiro. Para obter maiores informações e saber onde encontrar
o grupo mais próximo, basta consultar os classificados de jornais ou revistas
em sua localidade ou seus respectivos sites.
Alcoólicos
Anônimos
AA
em Valinhos:
Grupo Renascença – Rua Campos Sales,
472 – fundos, Igreja Vera Cruz – reuniões toda 2ª e 4ª às 19h30min.
Grupo Salva Vida – Rua Pe. Manoel
Guinaut, 81 – sala 2, na Igreja São Sebastião – reuniões toda 5ª feira às
19h30min.
Al-Anon
e Alateen
Al-Anon
em Valinhos:
Grupo Santa Cruz – Rua Campos Sales,
432 – fundos, no Centro Comunitário – reuniões toda 4ª feira, às 19h30min.
Grupo Reviver – Rua Pe. Manoel Guinaut,
82 – sala 1, na Igreja São Sebastião – reuniões toda 3ª feira às 14h.
Nenhum comentário:
Postar um comentário