sexta-feira, 11 de abril de 2014

Pra não dizer que não falei disso (corrupção) ou daquilo (Petrobras)...










… teço uma "colcha de retalhos" com as citações de textos escritos por articulistas de outros jornais.

O professor da ECA-USP e da ESPM Eugenio Bucci entende que “o Brasil vive um momento impressionante de balanço histórico e de reflexão sobre os princípios e os meios da política. A cultura política ainda não assimilou que subtrair dinheiro público – sob a alegação de usá-lo em “benefício da boa causa” – constitui um crime torpe e inaceitável. Estão aí, em todos os partidos, os escândalos financeiros  comprometendo gente que se julga predestinada ao panteão dos heróis da Pátria.”(O Estado de S.Paulo, 3/4, A2)  

Já o editorial “O mérito como critério” (Zero Hora, 3/4) atesta: “Os últimos ocupantes do Palácio do Planalto, incluindo a presidente Dilma Rousseff, comprometeram-se desde o início de sua gestão em reduzir o número de servidores indicados por critérios políticos. O total de cargos de confiança, porém, só tem crescido a cada ano, tanto no âmbito da União quanto no dos Estados e da maioria dos municípios.  Os efeitos sobre estatais mais disputadas politicamente, como é o caso da Petrobras, são desastrosos. O país precisa encarar de imediato uma reforma da gestão pública, na qual os servidores sejam admitidos com base em normas impessoais e valorizados por merecimento.”  

E o consultor tributário Everardo Maciel afirmou (O Estado de S.Paulo, 3/4, B2): “A mídia oferece, dia após dia, abundantes exemplos de má gestão, incúria contumaz, desqualificação técnica nas decisões políticas atuais. É notório o fracasso das políticas públicas de segurança pública, educação, saúde, mobilidade urbana, etc. A devastação realizada na Petrobras e na Eletrobras produziu uma catástrofe, com expressiva perda de valor de mercado, endividamento elevado e recorrentes prejuízos. Os ministérios passam a ser um múltiplo do número de partidos que integram a denominada "base aliada". As "indicações", contudo, não se limitam aos ministérios. Alcançam, além disso, as diretorias das autarquias, fundações, agências reguladoras e estatais, o que gera um caldo de cultura próprio para o florescimento de todas as modalidades de corrupção. Esse Estado inchado e ineficiente, que flerta com o abismo, decorre, principalmente, da voracidade intervencionista combinada com uma visão centrada na perpetuação do poder. Sua reconstrução é tarefa para estadistas.”

O jornalista Rolf Kuntz (O Estado de S.Paulo, 5/4, A2) reconhece que “no caso da Petrobras, ainda falta uma boa estimativa dos danos acumulados na gestão petista. Uma boa CPI poderia ajudar no esclarecimento das perdas e de como ocorreram, mas o governo tem feito um enorme esforço para impedir a elucidação de uma das histórias mais escandalosas da política brasileira. Incompetência é apenas parte da explicação do desastre das estatais, do estrago nas contas públicas, e da persistência da inflação. A gestão de baixa qualidade reflete igualmente a forma como o PT ocupou, loteou e usou a máquina governamental, em seus vários níveis.”

“No dia a dia só vemos fracassos, obras que não terminam, maquiagem de números, roubalheiras infinitas e danosas, e o adiamento de tudo por causa das eleições. Tudo vai explodir em 2015, o ano da verdade feia de ver. O mal que essa gente faz ao País talvez demore muitos anos pra se reverter”, se lamenta Arnaldo Jabor (O Estado de S.Paulo, 8/4, C8)   

E o que fazer? Talvez, como sugerido pela charge de Amarildo, tirar a venda dos (dois) olhos e usar o instrumento mais eficaz e ao alcance de todos os cidadãos: votar com a vontade expressa de mudar “tudo isso que está aí”, seguindo o conselho do versículo bíblico (Mateus, 10:26): “Não tenhais medo dos homens, pois nada há de encoberto que não venha a ser revelado, e nada há de escondido que não venha a ser conhecido”.    





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