sexta-feira, 4 de abril de 2014

Obra de Nazareth: patrimônio da memória mundial


Os manuscritos de Ernesto Nazareth agora são patrimônio cultural da humanidade, integrando a categoria “Memória do Mundo”, da Unesco, à qual pertencem documentos raros e de grande importância, como a Bíblia, de Gutenberg; a Nona Sinfonia, de Beethoven; as partituras de Brahms; e os textos filosóficos de Rousseau, além de outros manuscritos, negativos de filmes e registros discográficos históricos, totalizando 300 itens essenciais da produção cultural do mundo.” (Gabriel de Sá, Correio Brasiliense, 19/3/2014)




Ernesto Nazareth (1863-1934) nasceu no morro do Nheco (região da Cidade Nova), no Rio de Janeiro.
Aos três anos, aprendeu a tocar piano com a mãe, tornando-se exímio pianista e compositor reconhecido mundialmente.
Sua obra compreende mais de 200 peças, entre valsas, polcas, maxixes e tangos. Tinha apenas 14 anos quando fez sua primeira música, “Você bem sabe”, polca-lundu dedicada ao pai. Em 1880, deu seu primeiro recital e publicou a polca “Gracietta”. Em 1894, seu tango “Brejeiro” foi reeditado e gravado pela Banda da Guarda Republicana de Paris, garantindo sucesso internacional ao compositor.
O desenvolvimento de sua carreira, a partir de então, deu-lhe a oportunidade de fazer inúmeros concertos e audições, além de possibilitar que muitas de suas peças fossem editadas: “Paulicéa como és formosa”, “Gaúcho”, “Magnífico” e tantas e tantas  outras.
Na primeira década do século XX, ele ganhava a vida acompanhando ao piano os filmes mudos exibidos no cine Odeon cujo nome (“Odeon”) batizou, em 1909, um de seus mais famosos tangos brasileiros (uma fusão de gêneros estrangeiros da música dançante daquela época: a habanera cubana, a polca e o maxixe, que tinha características de ritmos africanos).
O tango brasileiro, entretanto, era mais propício para ser ouvido do que para dançar...
A biografia do compositor pianista diz que ele morreu afogado na represa próxima à Colônia Juliano Moreira, para tratamento de doentes mentais.
  




Os manuscritos das composições de Ernesto Nazareth estão disponíveis em alta resolução no site da Biblioteca Nacional Digital (bndigital.bn.br).
É motivo de grande orgulho para os brasileiros que a obra de um dos seus músicos nacionais faça parte do patrimônio artístico-cultural da humanidade, figurando ao lado de gênios musicais como Beethoven e Brahms!






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