“De tanto ver
triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a
injustiça; de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem
chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser
honesto.”
A conhecidíssima frase de Rui Barbosa, “o
maior brasileiro da História” (segundo a capa da edição nº 434, 23/10/2006) é
muito apropriada para inspirar reflexões nestes dias que antecedem as eleições.
Rui foi jurista, diplomata e político (deputado, senador, ministro e, em duas
ocasiões, candidato a presidente da República).
Como queremos “o Brasil em 2020” (capa da edição
nº 575, 6/7/2009)?
Para evitar o “eclipse” total (capa da edição
nº 770, 8/4/2013) da nossa “pátria amada, Brasil” (capa da edição nº 787,
3/8/2013) é importante decidir com “cabeça ou coração?” (capa da edição nº 626,
21/6/2010), para não ter de arcar com mais quatro anos de apagão, porque “a
festa acabou, a economia empacou e o investidor fugiu”(capa da edição nº 770,
8/4/2013)?
O articulista Vinicius Torre
Freire escreveu (Folha de S.Paulo,
28/9/2014): “O próximo Congresso deve ser o mais fragmentado da história.
Haverá mais blocos de votos à venda. O novo presidente pode tentar fazer os
negócios habituais para montar (na grana) a sua coalizão. Mas o risco de haver
besteira aumentou. Além
da impaciência acumulada com a bandalha, metade do país estará muito
insatisfeita com o presidente eleito, seja quem for. "Tenso", como
dizem os adolescentes”.
A capa da penúltima edição (nº 851, 20/09/2014) pergunta e responde:
“Você sabe votar? Sete em cada oito eleitores
ainda não escolheram deputado. Se não fizermos nossa parte, adianta reclamar da
palhaçada depois?”
Tiriricar não é protestar, mas desperdiçar um bom voto
que poderia validar a eleição de um político cujos valores éticos e morais
(como justiça, honradez, honestidade), além dos sociais (como o interesse de
servir ao bem comum) ajudassem a nossa pátria amada a sair desse fundo de poço
onde ela se encontra eclipsada.
“Tenso”, sim, mas se cada um não fizer a sua parte,
adianta reclamar depois?
Edição 955 - Página 01
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