sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Deu em capas da revista Época


De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça; de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.”

A conhecidíssima frase de Rui Barbosa, “o maior brasileiro da História” (segundo a capa da edição nº 434, 23/10/2006) é muito apropriada para inspirar reflexões nestes dias que antecedem as eleições. Rui foi jurista, diplomata e político (deputado, senador, ministro e, em duas ocasiões, candidato a presidente da República).
Como queremos “o Brasil em 2020” (capa da edição nº 575, 6/7/2009)?



     
  
Para evitar o “eclipse” total (capa da edição nº 770, 8/4/2013) da nossa “pátria amada, Brasil” (capa da edição nº 787, 3/8/2013) é importante decidir com “cabeça ou coração?” (capa da edição nº 626, 21/6/2010), para não ter de arcar com mais quatro anos de apagão, porque “a festa acabou, a economia empacou e o investidor fugiu”(capa da edição nº 770, 8/4/2013)?



O articulista Vinicius Torre Freire escreveu (Folha de S.Paulo, 28/9/2014): “O próximo Congresso deve ser o mais fragmentado da história. Haverá mais blocos de votos à venda. O novo presidente pode tentar fazer os negócios habituais para montar (na grana) a sua coalizão. Mas o risco de haver besteira aumentou. Além da impaciência acumulada com a bandalha, metade do país estará muito insatisfeita com o presidente eleito, seja quem for. "Tenso", como dizem os adolescentes”.
A capa da penúltima edição (nº 851, 20/09/2014) pergunta e responde: “Você sabe votar? Sete em cada oito eleitores ainda não escolheram deputado. Se não fizermos nossa parte, adianta reclamar da palhaçada depois?”



Tiriricar não é protestar, mas desperdiçar um bom voto que poderia validar a eleição de um político cujos valores éticos e morais (como justiça, honradez, honestidade), além dos sociais (como o interesse de servir ao bem comum) ajudassem a nossa pátria amada a sair desse fundo de poço onde ela se encontra eclipsada. 
“Tenso”, sim, mas se cada um não fizer a sua parte, adianta reclamar depois?


















Edição 955 - Página 01







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