Há exatamente 497 anos, em
31 de outubro de 1517, Martinho Lutero, monge agostiniano que pregava na
catedral de Wittenberg, na Alemanha, afixou na porta desta igreja, um documento
com 95 teses. Ele se insurgiu contra a questão da venda de indulgências, e
criticava esta atitude da Igreja Católica daquela época.
Inicialmente, Lutero apenas
pretendia ser um reformador da igreja cristã, mas o movimento acabou por se
transformar em uma nova igreja.
O que ajudou a ter seus
escritos e suas teses difundidas, divulgadas e assimiladas com enorme rapidez,
por um grande número de pessoas foi a recém inventada imprensa de Gutenberg.
“A invenção da imprensa
possibilitava, não só a rápida difusão de ideias e valores, mas também uma
ruptura histórica fundamental, a partir da mudança na estrutura política,
cultural, religiosa e econômica. O texto impresso passaria a ter papel
fundamental nos processos de fixação de memória e nos mecanismos formadores de
opinião.
Pela primeira vez na
humanidade, era possível que um grande número de leitores tomasse conhecimento,
em um período de tempo relativamente curto, de um mesmo texto escrito, sem
alteração e sem os erros dos copistas”. (Lauri Emílio Wirth).
A imprensa, com a difusão
do texto escrito,permitiu que o conhecimento ficasse acessível para um grande
número de indivíduos, não permanecendo limitado ao interior dos mosteiros, mas
abrindo espaço a muitas vozes, pensamentos, discursos e diferentes
interpretações (antes impossíveis de serem feitas) de “princípios e verdades”
concretizados.
Através do poder da imprensa,
Lutero conseguiu transformar uma mentalidade estabelecida há séculos.
A palavra tem poder! E a
palavra escrita, na imprensa, significa compromisso, envolve muitas responsabilidades
e requer um comprometimento máximo de quem a exerce para com quem a consome.
É preciso sempre estar
atento!
A imprensa abre espaço e propõe
reflexão.
Tom Santos Editor |
Edição n.º 959 - Pàgina 02
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