sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Imprensa e Reforma




Há exatamente 497 anos, em 31 de outubro de 1517, Martinho Lutero, monge agostiniano que pregava na catedral de Wittenberg, na Alemanha, afixou na porta desta igreja, um documento com 95 teses. Ele se insurgiu contra a questão da venda de indulgências, e criticava esta atitude da Igreja Católica daquela época.
Inicialmente, Lutero apenas pretendia ser um reformador da igreja cristã, mas o movimento acabou por se transformar em uma nova igreja.
O que ajudou a ter seus escritos e suas teses difundidas, divulgadas e assimiladas com enorme rapidez, por um grande número de pessoas foi a recém inventada imprensa de Gutenberg.
“A invenção da imprensa possibilitava, não só a rápida difusão de ideias e valores, mas também uma ruptura histórica fundamental, a partir da mudança na estrutura política, cultural, religiosa e econômica. O texto impresso passaria a ter papel fundamental nos processos de fixação de memória e nos mecanismos formadores de opinião.
Pela primeira vez na humanidade, era possível que um grande número de leitores tomasse conhecimento, em um período de tempo relativamente curto, de um mesmo texto escrito, sem alteração e sem os erros dos copistas”. (Lauri Emílio Wirth).
A imprensa, com a difusão do texto escrito,permitiu que o conhecimento ficasse acessível para um grande número de indivíduos, não permanecendo limitado ao interior dos mosteiros, mas abrindo espaço a muitas vozes, pensamentos, discursos e diferentes interpretações (antes impossíveis de serem  feitas) de “princípios e verdades” concretizados.
Através do poder da imprensa, Lutero conseguiu transformar uma mentalidade estabelecida há séculos.
A palavra tem poder! E a palavra escrita, na imprensa, significa compromisso, envolve muitas responsabilidades e requer um comprometimento máximo de quem a exerce para com quem a consome.
É preciso sempre estar atento!
A imprensa abre espaço e propõe reflexão.


Tom Santos
Editor











 Edição n.º 959 - Pàgina 02

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