A Organização Mundial da
Saúde (OMS) divulga ainda nos dias de hoje a catarata como sendo uma das
principais causas de cegueira no mundo todo. Essa doença bastante comum após os
65 anos de idade, se trata do envelhecimento do cristalino, estrutura
lenticular situada no saco capsular.
Não é de hoje que a
catarata afeta a sociedade. Temos relatos de que por volta do século III na
Índia e em regiões da Europa, técnicas cirúrgicas para a cirurgia de catarata começaram a aparecer. Uma delas consistia em
empurrar um um gancho metálico o cristalino para dentro do olho. O procedimento
muito provavelmente deve ter cegado e levado à infecção e sangramentos
intraoculares em muitos casos, porém, foi o início de uma experimentação.
As técnicas evoluíram para
a facectomia intracapsular, com a retirada do cristalino junto com o saco
capsular. Logo em seguida a técnica de facectomia extracapsular se tornou
popular. Até então, os pacientes operados de catarata ficavam sem nenhuma lente
intraocular, tendo de usar óculos extremamente grossos, com graus que chegavam
à mais de 20 de dioptria positiva.
Foi somente na década de
1940 que surgiram as primeiras lentes intra-oculares possibilitando melhor
adaptação no pós-operatório e inclusive eliminado os óculos em alguns casos.
Na década de 1960 surgiu a
facoemulsificação, técnica utilizada até hoje, que utiliza ondas ultrassônicas
para emulsificar o cristalino e possibilita sua aspiração. Até os dias de hoje
é uma técnica bastante utilizada.
Hoje em dia a cirurgia de
catarata é extremamente segura, com índices muito baixos de complicação. É
muito importante um seguimento clínico adequado para que a catarata não evolua
em demasia e desta forma dificulte o procedimento. Procure seu oftalmologista
para uma consulta de rotina.
Para maiores informações:
Edição n.º 1010
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