sexta-feira, 15 de maio de 2015

EMPATIA E COMUNICAÇÃO



 “Entrar em outra pessoa é como visitar em um país estrangeiro: temos que passar pela imigração e pela alfândega, caminhando com cuidado, de pergunta em pergunta, de sentimento em sentimento.
Empatia é tentar entrar em outra pessoa, nesse país estrangeiro, mas sempre reconhecendo que jamais, jamais conheceremos realmente essa pessoa, que nunca seremos cidadãs desse país.” – Observações de Leslie Jamison, em The Empathy Exams, 2014



Comunicação – informação, aviso, transmissão. O conceito é claro e sucinto; parece simples. No entanto, é um dos maiores desafios que enfrentamos na vida em sociedade, em todos os núcleos de convivência.
Uma das maiores dificuldades está mesmo na interpretação do que se comunica. Existem vários elementos envolvidos – mensagem, emissor, receptor e, entre eles, o ruído. E este ruído, que em Comunicação não tem necessariamente a ver com barulho, pode mudar completamente o teor de uma mensagem, o que termina por comprometer sua transmissão e entendimento. Os ruídos podem ser físicos (barulho de obras/ grafia errada), fisiológicos (dor de cabeça), psicológicos (divagações que tiram a atenção) e semânticos (termos específicos de profissões ou de grupos étnicos).


Cada ser é único. E o mesmo ocorre com suas percepções, que interferem diretamente no entendimento. O ato de comunicar-se é tão necessário e natural, que no geral, pouco se pensa sobre o que representa e em como pode ser melhorado. Por fazer parte das rotinas de todos, acaba por parecer menos relevante do que é. E o descuido é o primeiro passo para o menosprezo, que conduz aos equívocos, que levam à comunicação truncada, difícil, mal executada. Resumindo, só gera confusão e ressentimentos.



Li, outro dia, considerações perturbadoras sobre comunicação, consideração pessoal, altruísmo, empatia. O que martelou por dias na minha cabeça foi, em poucas palavras, o conceito de que “fazer aos outros o que desejo que façam por mim”, pode ter muito pouco ou nada a ver com generosidade, altruísmo, empatia. Afinal, ter como parâmetro minhas próprias vontades, desejos e aspirações não tem muito de empático – eu, definitivamente não sou o outro – como esperar que esta linha de pensamento me leve a ser justa ou nobre? É bom e produtivo ponderar sobre estas coisas. Mas já aviso que é inquietante; mexe com conceitos aprendidos “ao pé da letra”, desde sempre. Daí a importância extrema de conhecermos os idiomas, os contextos históricos e sociais. Só assim minimizamos as possibilidades de erros e aumentamos o sucesso da comunicação.
A partir destes conceitos , chegamos à telecomunicação – telecom – que pode ser definida, resumidamente, como a comunicação de informação por meios eletrônicos, usualmente envolvendo alguma distância.



Nos últimos tempos muito se fala sobre todos os meios disponíveis neste setor. De quão importantes são na atualidade, sem os quais ninguém mais acredita poder viver. Para que tudo funcione e continue a nos favorecer e facilitar a vida, precisamos de contínuos aperfeiçoamentos. Pessoais, sociais, globais. Porque aprender nunca é demais. E já que o dia 17 de maio é o Dia Internacional das Comunicações e Telecomunicações, é propício refletir sobre o tema, porque sempre há mais a fazer.















Edição n.º 987 - página 07


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