A bela exposição Marc Chagall, Fábulas de La Fontaine está no
Centro Cultural dos Correios, em São Paulo até 23 de junho, com entrada franca.
Ela inclui uma série de 97
gravuras em metal realizadas pelo artista russo Marc Chagall entre 1927 e 1930
sobre a obra que o fabulista francês Jean de La Fontaine escreveu entre 1668 e
1693.
O marchand de Chagall – Ambroise
Vollard – disse que a estética desse pintor, ceramista, gravador e
vitralista surrealista lhe parecia bem próxima e, em certo sentido,
aparentada à do escritor La Fontaine e era, ao mesmo tempo, densa, sutil,
realista e fantástica; suas telas exploraram o universo mágico para além da
realidade, e alcançaram a universalidade.
Tais atributos permitem a
compreensão do sincretismo envolvido entre as obras do pintor russo judeu e as
fábulas do escritor francês católico.
Para o curador da mostra, Enock
Sacramento: "Trata-se de uma oportunidade rara de conhecer esta série em
que o mais importante artista plástico judeu do século XX recria plasticamente
a fina ironia dos textos alegóricos do escritor francês".
Marc Chagall consegue representar
em suas obras toda uma diversidade de sentimentos, enaltecendo a subjetividade
e sugerindo em sua estrutura quase simbólica a narratividade presente nas
fábulas, como se pode conferir nessas ilustrações de: “A raposa e os perus”; “O
asno carregado de esponjas e o asno carregado de sal”; “O gato e dois pardais”;
“O peixinho e o pescador”; “Os dois pombos”; “A rã e o boi”; e “A raposa e as uvas”,
entre tantas outras.
Edição n.º 987 - página 01
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