“Dizem os examinadores que
o descalabro se registra principalmente no que diz respeito à língua
portuguesa. Os alunos não são capazes sequer de formular uma frase, de
expressar um pensamento coerente. E, evidentemente, essa deficiência básica na
comunicação prejudica o estudante em todas as outras disciplinas. Até para
explicar uma reação química é preciso saber falar
ou escrever”. (Raquel de Queiroz,
escritora).
Língua é organismo vivo,
dinâmico, em constante modificação e transformação.
A língua portuguesa, última
flor do Lácio, inculta e bela... como cantou o poeta Olavo Bilac, é uma das
seis mil línguas do mundo, sendo falada por mais de 240 milhões de pessoas, espalhadas pelos
países integrantes da Comunidade dos Países de Língua portuguesa: Brasil,
Portugal, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe,
Macau e Timor-Leste.
O Dia da Língua Nacional é
comemorado em 21 de maio.
Infelizmente, vive-se um
tempo de inconcebível relaxamento, no que se refere ao nosso vernáculo.
Mesmo sabendo que a leitura
liberta e leva a conhecer melhor o mundo, o outro e a si mesmo, e que é a
linguagem que manifesta a liberdade criadora do homem, há atualmente um grande
descaso com o falar, ler e escrever na língua de Machado de Assis, Rui Barbosa
e Guimarães Rosa.
Estrangeirismos constituem
uma invasão impertinente e insidiosa, mas inevitável, em tempos de globalização
e internet. No entanto, também dão uma nova configuração linguística ao
patrimônio cultural do Brasil, constituído, nesses cinco séculos, pela
contribuição de línguas indígenas, africanas e
a portuguesa, além das inovações
ditas “brasileirismos”, como afirmou o filólogo Antenor Nascentes.
Texto Tom Santos |
É preciso apenas que os
estudantes, e os brasileiros em geral, se conscientizem de que para se
comunicar, para se expressar de forma coerente ou para cursar qualquer
disciplina, de qualquer escola profissionalizante
ou de uma faculdade, será sempre necessário e essencial o conhecimento
da língua portuguesa, quer para explicar uma reação química, quer para escrever
a letra de uma música, quer para mandar aviar a fórmula de um medicamento,
fazer uma petição, justificar uma falta, ocupar uma tribuna e falar sobre um
projeto político, ressaltar uma data cívica ou prestar contas em nome de um
plano administrativo.
Olá,
ResponderExcluireu me chamo Rubens da Cunha e faço doutorado em Literatura na Universidade Federal de Santa Catarina. Estou estudando a obra teatral de Hilda Hilst. Meu foco são as primeiras montagens de suas peças. Em 1973, a peça "O verdugo" foi encenada em São Paulo, com a produção de Tom Santos. Gostaria de saber o senhor Tom Santos que escreveu esse texto é o mesmo Tom Santos, que em 1973 produziu a peça. Em caso positivo, gostaria de entrar em contato para uma entrevista sobre a montagem de "O Verdugo"
aguardo e agradeço
Rubens
Sim sr Rubens, é a mesma pessoa. O sr pode ligar no nextel ou no telefone fixo para falar diretamente com o Tom.
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