sexta-feira, 17 de maio de 2013

A linguagem cria, justifica ou complica


Dizem os examinadores que o descalabro se registra principalmente no que diz respeito à língua portuguesa. Os alunos não são capazes sequer de formular uma frase, de expressar um pensamento coerente. E, evidentemente, essa deficiência básica na comunicação prejudica o estudante em todas as outras disciplinas. Até para explicar uma reação química é preciso saber falar ou escrever”. (Raquel de Queiroz, escritora).


Língua é organismo vivo, dinâmico, em constante modificação e transformação.
A língua portuguesa, última flor do Lácio, inculta e bela... como cantou o poeta Olavo Bilac, é uma das seis mil línguas do mundo, sendo falada por mais  de 240 milhões de pessoas, espalhadas pelos países integrantes da Comunidade dos Países de Língua portuguesa: Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Macau e Timor-Leste.
O Dia da Língua Nacional é comemorado em 21 de maio.
Infelizmente, vive-se um tempo de inconcebível relaxamento, no que se refere ao nosso vernáculo.
Mesmo sabendo que a leitura liberta e leva a conhecer melhor o mundo, o outro e a si mesmo, e que é a linguagem que manifesta a liberdade criadora do homem, há atualmente um grande descaso com o falar, ler e escrever na língua de Machado de Assis, Rui Barbosa e Guimarães Rosa.
Estrangeirismos constituem uma invasão impertinente e insidiosa, mas inevitável, em tempos de globalização e internet. No entanto, também dão uma nova configuração linguística ao patrimônio cultural do Brasil, constituído, nesses cinco séculos, pela contribuição de línguas indígenas, africanas e a portuguesa, além das inovações ditas brasileirismos”, como afirmou o filólogo Antenor Nascentes.

Texto
Tom Santos
É preciso apenas que os estudantes, e os brasileiros em geral, se conscientizem de que para se comunicar, para se expressar de forma coerente ou para cursar qualquer disciplina, de qualquer escola profissionalizante ou de uma faculdade, será sempre necessário e essencial o conhecimento da língua portuguesa, quer para explicar uma reação química, quer para escrever a letra de uma música, quer para mandar aviar a fórmula de um medicamento, fazer uma petição, justificar uma falta, ocupar uma tribuna e falar sobre um projeto político, ressaltar uma data cívica ou prestar contas em nome de um plano administrativo.








2 comentários:

  1. Olá,

    eu me chamo Rubens da Cunha e faço doutorado em Literatura na Universidade Federal de Santa Catarina. Estou estudando a obra teatral de Hilda Hilst. Meu foco são as primeiras montagens de suas peças. Em 1973, a peça "O verdugo" foi encenada em São Paulo, com a produção de Tom Santos. Gostaria de saber o senhor Tom Santos que escreveu esse texto é o mesmo Tom Santos, que em 1973 produziu a peça. Em caso positivo, gostaria de entrar em contato para uma entrevista sobre a montagem de "O Verdugo"

    aguardo e agradeço

    Rubens

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Sim sr Rubens, é a mesma pessoa. O sr pode ligar no nextel ou no telefone fixo para falar diretamente com o Tom.

      Excluir