sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

“A paz que eu preciso para viver”...






Como o nosso meio ambiente tem sido alvo de violência das pessoas! A depredação da natureza, por exemplo, o desmatamento das áreas que deveriam ser preservadas para o nosso próprio bem! A poluição dos rios e das águas. O desperdício de água... Será que cuidamos das praças e pequenos rios que cortam nossa cidade? As pichações dos prédios e casas. Os animais abandonados pelas ruas... E as pessoas que dormem nos bancos das praças e calçadas?
O que está acontecendo?
As pessoas estão se esquecendo de alguns valores e princípios que aprenderam na infância e que deveriam levar para a vida toda?
É interessante o relato do escritor Carlos Salazar quando conta: “Como todos os meninos, eu era curioso e um pouco destruidor”. Um dia cometi a travessura de fazer uns buracos numa das portas de nossa casa, para ficar espiando o que ocorria na rua.
Procurando dar um castigo educativo, meu pai me fez reparar o estrago que causara.
“Vá buscar uns pedaços de madeira, e procure cortá-los de modo que se ajustem nos buracos, depois passe a lixa”.
Fiz o trabalho um pouco envergonhado, e, ao terminar era pouca a vontade que tinha de olhar para a porta azul com aqueles círculos brancos.
Meu pai então me disse que devia pintá-los da mesma cor da porta e me deu dinheiro para comprar tinta. A que comprei não era exatamente da cor, e por isso, por insistência do meu pai pintei toda a porta.
Desde esse momento, surgiu em mim uma espécie de gosto para melhorar e reparar as coisas da nossa casa.
Pintei seis portas e duas janelas que ficaram bonitas. “Senti-me orgulhoso de ser pintor, e minha atitude mudou em conseqüência daquele castigo que terminou de forma agradável e boa.”
Muitas vezes, agimos assim, abrindo “buracos” e até desrespeitando o espaço das outras pessoas. Sentimo-nos como que “donos da verdade”, curiosos demais com o que acontece e rompemos os limites da compreensão, do silêncio e do tempo que as pessoas precisam para resolver suas dificuldades.
Depende de cada um de nós cuidarmos do nosso pequeno chão, com carinho, com alegria. Depende de nós tornarmos a rua onde moramos mais bonita, colorida, limpa e alegre. Depende de cada um de nós gostarmos e cuidarmos das coisas da nossa cidade.
Sabemos apreciar o que é belo, o que é bom, o que traz satisfação e dá prazer. Vamos então todos irmanados buscar o melhor para o lugar onde vivemos. Buscar e trabalhar para construir o “bem estar” e a paz entre as pessoas do nosso convívio.
E, Deus, na sua infinita Sabedoria nos ilumina e inspira nas ações que precisamos ter para encontrar a nossa realização pessoal e social. Para encontrar a paz que precisamos para viver.










Edição nº 969 - página 03




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