Como
o nosso meio ambiente tem sido alvo de violência das pessoas! A depredação da
natureza, por exemplo, o desmatamento das áreas que deveriam ser preservadas
para o nosso próprio bem! A poluição dos rios e das águas. O desperdício de
água... Será que cuidamos das praças e pequenos rios que cortam nossa cidade?
As pichações dos prédios e casas. Os animais abandonados pelas ruas... E as
pessoas que dormem nos bancos das praças e calçadas?
O
que está acontecendo?
As
pessoas estão se esquecendo de alguns valores e princípios que aprenderam na
infância e que deveriam levar para a vida toda?
É
interessante o relato do escritor Carlos Salazar quando conta: “Como todos os
meninos, eu era curioso e um pouco destruidor”. Um dia cometi a travessura de
fazer uns buracos numa das portas de nossa casa, para ficar espiando o que
ocorria na rua.
Procurando
dar um castigo educativo, meu pai me fez reparar o estrago que causara.
“Vá
buscar uns pedaços de madeira, e procure cortá-los de modo que se ajustem nos
buracos, depois passe a lixa”.
Fiz
o trabalho um pouco envergonhado, e, ao terminar era pouca a vontade que tinha
de olhar para a porta azul com aqueles círculos brancos.
Meu
pai então me disse que devia pintá-los da mesma cor da porta e me deu dinheiro
para comprar tinta. A que comprei não era exatamente da cor, e por isso, por
insistência do meu pai pintei toda a porta.
Desde
esse momento, surgiu em mim uma espécie de gosto para melhorar e reparar as
coisas da nossa casa.
Pintei
seis portas e duas janelas que ficaram bonitas. “Senti-me orgulhoso de ser
pintor, e minha atitude mudou em conseqüência daquele castigo que terminou de
forma agradável e boa.”
Muitas
vezes, agimos assim, abrindo “buracos” e até desrespeitando o espaço das outras
pessoas. Sentimo-nos como que “donos da verdade”, curiosos demais com o que
acontece e rompemos os limites da compreensão, do silêncio e do tempo que as
pessoas precisam para resolver suas dificuldades.
Depende
de cada um de nós cuidarmos do nosso pequeno chão, com carinho, com alegria.
Depende de nós tornarmos a rua onde moramos mais bonita, colorida, limpa e
alegre. Depende de cada um de nós gostarmos e cuidarmos das coisas da nossa
cidade.
Sabemos
apreciar o que é belo, o que é bom, o que traz satisfação e dá prazer. Vamos
então todos irmanados buscar o melhor para o lugar onde vivemos. Buscar e
trabalhar para construir o “bem estar” e a paz entre as pessoas do nosso
convívio.
E,
Deus, na sua infinita Sabedoria nos ilumina e inspira nas ações que precisamos
ter para encontrar a nossa realização pessoal e social. Para encontrar a paz
que precisamos para viver.
Edição nº 969 - página 03
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