Entre um café e outro lá na
Padaria Avenida, o Bispo me contou mais uma do BOZÓ.
BOZÓ é aquele que continua
firme lá no bar do seu Dito e Celso, naquela curvinha perigosa no Bom Retiro em
frente ao São Cristóvão. BOZÓ tem tantas fantasias, que até o Walt Disney,
quando vivo, tentou um contato para ver se dava algum roteiro de cinema. É que
o BOZÓ andava muito ocupado naquela época, e não foi possível ele ir a
Hollywood, para acertar os roteiros. O mundo perdeu grandes lorotas...
As fantásticas estórias de
pescaria do BOZÓ são de irritar até os mais chegados. Tanto é verdade, que
ninguém mais aguenta ficar ouvindo seus “causos”. Quando BOZÓ chega em uma
rodinha e pega a palavra, cada um dá uma desculpa e vai saindo, cada um para o
seu lado. O BOZÓ é como gosma de jaca mole: gruda e não larga!
Mas o Bispo continuou
contando: na última pescaria que a turma foi fazer, liderada pelo seu Antônio
Pelegrini, levaram o BOZÓ. O BOZÓ mente, mas sabe fazer uma ótima caipirinha.
Andaram muito no Chevrolet
do Pelegrini. Foram lá pelas barancas do Rio Pardo. A água estava barrenta, e o
frio era de rachar. Pernilongos vinham em bando.
O pessoal desanimou. Queimaram
uma carne, beberam muito da caipirinha do BOZÓ, arrumaram suas varas e foram
tirar uma soneca. Mas sempre tem um que não bebe, e também não dorme com
pernilongos “mordendo” – esse foi o Antônio Chagas, que ficou pintando e
tomando mil cafés e lendo NOTÍCIAS DE VALINHOS. Derepente o Chagas ouve um
barulho no mato e vê um filhote de tatu.
Para pôr mais “lenha na
fogueira”, o cearense Chagas, resolveu fazer uma brincadeira e enganchou o
tatuzinho no anzol do BOZÓ. Jogou a vara de volta na água e saiu gritando para
acordar todo mundo dizendo que estava ouvindo um banzé na água.
BOZÓ foi o primeiro a se
levantar e puxar sua vara, chamando todo mundo pra ver seu pescado pendurado
bem fisgado.
BOZÓ comentou sorridente
para a plateia atônita, que não vira a traquinagem do Chagas. “Quando a gente
conta essas coisas no bar, ninguém acredita! E esse é o terceiro tatu que pesco
este ano.”
Edição n.º 972 - página 02
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