sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Lembranças de 2014




Já estamos no Ano Novo! Alguns chegaram cansados, exaustos; outros chegaram mais velhos; mas muitos chegaram cheios de gás, renovados, confiantes, prometendo encarar os desafios deste 2015 com maior animação e cheios de expectativa de uma vida melhor, mais próspera e, sobretudo, diferente e com outras perspectivas.
Mas o que ficou do Ano que passou, do finado 2014? Quais são as lembranças que vamos carregar do Ano velho?
Convenhamos, foi um ano difícil para toda a humanidade, com a violência crescente, a banalização da vida, a crise de princípios e valores morais, a família duramente atacada, enfim, um ano desafiante.
Para nós, brasileiros, que sediamos Copa do Mundo, ficou a vergonha e a tristeza do 7x1 no jogo contra a Alemanha. Ficou a forte lembrança de ano de eleições, com um segundo turno presidencial com tensão, ataques verbais, afirmações que se revelaram mentiras deslavadas com total desrespeito ao povo, e cujo resultado gerou insatisfação em vários setores, com a população indo para as ruas, inclusive questionar o sistema de urnas eletrônicas, a escalada de escândalos, como o da Petrobrás. Ficou a amarga lembrança de termos sustentado com o nosso suado dinheirinho um governo que restou cada dia mais inchado. E como se não bastasse, depois das eleições, a presidente reeleita anunciou um ministério que conseguiu tornar ainda maior, com 39 novos ministros, inclusive o da Educação, sem militância conhecida na área, mostrando, de forma geral, um rol de ministros que nos deixa com a sensação de 'mais do mesmo'. 
Ficou a lembrança do ano do Sínodo dos Bispos, no Vaticano, em que parte dos bispos católicos pretende flexibilizar a moral familiar católica, gerando também questionamentos principalmente entre os conservadores.
Nos Estados Unidos, o congresso ficou mais conservador, com a vitória dos republicanos. E o ano termina com o anúncio do acordo Estados Unidos e Cuba, pelo fim do embargo econômico entre os dois países, com o patrocínio do papa Francisco, muito embora tal acordo tenha que passar pela aprovação do congresso onde o presidente Obama não tem a maioria.
O ano termina com o crescimento do bloco Rússia-China e Cuba, influindo principalmente nos países latino-americanos. Sobra também a preocupante ação do Estado Islâmico (ISIS), principalmente na execução de cristãos no Oriente Médio, cujo extremismo tem crescido e causado a morte cruel e sob tortura, de muitos cristãos, cujas imagens de atrocidades cometidas, divulgadas pelas redes sociais, chocaram a todos.



Vamos esperar que essas ações e procedimentos não se repliquem e se tornem apenas lembranças neste Ano Novo e que, aqui, no Brasil, possamos agir, todos nós, de mãos dadas, em uma ação conjunta por um governo que esteja efetivamente interessado em governar para o povo e não para os seus áulicos e pela promoção de uma cultura da paz que faça medrar a tolerância e o respeito, pelo bem da própria democracia e, consequentemente, de todos.









Edição n.º 969 - página 08






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