Já estamos no Ano Novo! Alguns
chegaram cansados, exaustos; outros chegaram mais velhos; mas muitos chegaram
cheios de gás, renovados, confiantes, prometendo encarar os desafios deste 2015
com maior animação e cheios de expectativa de uma vida melhor, mais próspera e,
sobretudo, diferente e com outras perspectivas.
Mas o que ficou do Ano que passou,
do finado 2014? Quais são as lembranças que vamos carregar do Ano velho?
Convenhamos, foi um ano difícil para
toda a humanidade, com a violência crescente, a banalização da vida, a crise de
princípios e valores morais, a família duramente atacada, enfim, um ano
desafiante.
Para nós, brasileiros, que sediamos Copa
do Mundo, ficou a vergonha e a tristeza do 7x1 no jogo contra a Alemanha. Ficou
a forte lembrança de ano de eleições, com um segundo turno presidencial com
tensão, ataques verbais, afirmações que se revelaram mentiras deslavadas com
total desrespeito ao povo, e cujo resultado gerou insatisfação em vários
setores, com a população indo para as ruas, inclusive questionar o sistema de
urnas eletrônicas, a escalada de escândalos, como o da Petrobrás. Ficou a
amarga lembrança de termos sustentado com o nosso suado dinheirinho um governo
que restou cada dia mais inchado. E como se não bastasse, depois das eleições,
a presidente reeleita anunciou um ministério que conseguiu tornar ainda maior,
com 39 novos ministros, inclusive o da Educação, sem militância conhecida na
área, mostrando, de forma geral, um rol de ministros que nos deixa com a
sensação de 'mais do mesmo'.
Ficou a lembrança do ano do Sínodo
dos Bispos, no Vaticano, em que parte dos bispos católicos pretende flexibilizar
a moral familiar católica, gerando também questionamentos principalmente entre
os conservadores.
Nos Estados Unidos, o congresso
ficou mais conservador, com a vitória dos republicanos. E o ano termina com o
anúncio do acordo Estados Unidos e Cuba, pelo fim do embargo econômico entre os
dois países, com o patrocínio do papa Francisco, muito embora tal acordo tenha que
passar pela aprovação do congresso onde o presidente Obama não tem a maioria.
O ano termina com o crescimento do
bloco Rússia-China e Cuba, influindo principalmente nos países
latino-americanos. Sobra também a preocupante ação do Estado Islâmico (ISIS),
principalmente na execução de cristãos no Oriente Médio, cujo extremismo tem
crescido e causado a morte cruel e sob tortura, de muitos cristãos, cujas imagens
de atrocidades cometidas, divulgadas pelas redes sociais, chocaram a todos.
Vamos esperar que essas ações e
procedimentos não se repliquem e se tornem apenas lembranças neste Ano Novo e
que, aqui, no Brasil, possamos agir, todos nós, de mãos dadas, em uma ação
conjunta por um governo que esteja efetivamente interessado em governar para o
povo e não para os seus áulicos e pela promoção de uma cultura da paz que faça
medrar a tolerância e o respeito, pelo bem da própria democracia e,
consequentemente, de todos.
Edição n.º 969 - página 08
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