Como convenção e por praticidade o calendário
gregoriano, promulgado pelo papa Gregório VIII em 1582, foi adotado para
demarcar o ano civil no mundo inteiro, facilitando o relacionamento entre todos
os países. Essa unificação decorre do fato de a Europa ter, historicamente,
exportado seus padrões para o resto do mundo.
Sem sombra de dúvida o calendário é fundamental
em nossas vidas, pois o utilizamos para administrar e organizar nosso tempo,
nossa existência.
É interessante notar
que sempre que um ano se finda e outro se inicia, muitos aproveitam para fazer
um balanço dos acontecimentos vividos até então. Não que não possamos fazê-lo
em qualquer dia do ano, mas nos habituamos nesta época de festas, entre natal e
ano novo, parar, refletir e planejar os próximos passos, utilizando para isto,
principalmente, os valores que já adquirimos como Espíritos viajores em nossas
preciosas reencarnações. Entretanto, apesar de nossa bagagem existencial não
sabemos tudo, estamos aprendendo a lidar com sofrimentos, dores, ingratidões,
culpas, dúvidas e enganos, nossos e de nossos semelhantes.
Por vezes, buscando a
luz da felicidade, nos prendemos ainda mais na escuridão de nosso egoísmo.
Sabendo dos percalços
desta nossa caminhada, Deus nosso Pai, nos enviou Jesus, nosso modelo e guia,
para nos orientar e esclarecer.
Afirma-nos o Mestre:
“Eu sou a luz do mundo. Quem me segue nunca
andará em trevas, mas terá a luz da vida”. (João 8.12), mostrando claramente
que somente entendendo e procurando seguir, dentro de nossas possibilidades e
esforços, seus ensinamentos e exemplos é que conquistaremos a paz dos que
caminham destemidos por saberem estar na direção correta.
Esta decisão talvez
seja o divisor de águas de nossa evolução.
Todavia, segui-lo exige
disciplina, renúncia, vigilância e muito entendimento. Sem entendimento e
compreensão da vida e de suas leis seremos alvos fáceis das desilusões que
atingem os que se creem infalíveis e inatingíveis.
Somente poderemos
seguir Jesus por uma decisão fundamentada na fé raciocinada, não por temê-lo,
mas por decidir amar a Humanidade como irmãos que somos.
Romper as barreiras
do materialismo e do individualismo requer dos seguidores coragem e
devotamento. “Siga-me, e deixe que os mortos
sepultem os seus próprios mortos”. Nesta lição notável, encontramos o
Mestre revelando a importância de estarmos desapegados das coisas do mundo e de
nossas posições atuais. Percorrer o caminho de Jesus representa não estar preso
e dominado por fatores externos e passageiros, mas estar livre para as novas
lições, novos aprendizados.
Vezes sem conta o que
nos impede a transformação é a falta de compreensão do que seja certo ou
errado, fazendo escolhas erradas nos lançamos invigilantes no vicioso processo
do refazer, do realinhar, do rearmonizar situações por nós afetadas.
Que nossas metas para
o ano que se inicia, possam se fundamentar-se nos exemplos do Cristo, para
desta forma, atingirmos o único alvo realmente importante: “ser feliz”, que se
faz possível produzindo toda a felicidade que pudermos, por nossos atos,
pensamentos e palavras aos nossos semelhantes.
Edição n.º 969 - página 04
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