A conclusão do livro de João
Florêncio Bastos Filho CMC – “Gestão de Carreiras – Âncora, Portos e
Timoneiros”, sintetiza o conceito que tem norteado o trabalho deste jornal e de
seus colaboradores:
“O desenvolvimento
tecnológico, quando não acompanhado pelo crescimento intelectual e cultural,
tende a provocar impactos sociais que podem levar ao enfraquecimento da
estrutura de princípios e valores morais de uma sociedade. Este conjunto de
princípios e valores morais também pode ser considerado como uma ‘âncora’ que
lançamos num ‘porto’ ou estágio de nossa vida profissional. Portanto, não
podemos nos esquecer que neste mar bravio representado pelo competitivo mercado
de trabalho, além de ‘timoneiros’ somos também remadores de nosso próprio
destino.”
Identificar, potencializar
e utilizar adequadamente as competências das pessoas é um papel de todos –
líderes e liderados, mestres e aprendizes. É preciso instrução e preparação!
Não podemos, como indivíduos e consequentemente como sociedade, abrir mão
destes princípios.
A coerência entre
pensamento e ação é a busca de quem anseia por equilíbrio na vida. Equilíbrio
emocional é cada vez mais valorizado em todos os setores da vida em sociedade.
Paradoxalmente, o menos encontrado. Há muitas pessoas que identificam e
desenvolvem competências intelectuais e técnicas. Mas não conseguem colocá-las
em prática, por absoluto desequilíbrio emocional. Desta forma, muitos talentos
são desperdiçados ou desvalorizados, principalmente no mercado de trabalho. Já
ouvi líderes que preferem colaboradores menos capacitados tecnicamente, mas
cujo perfil seja mais equilibrado, centrado e conciliador. É mais fácil
capacitar uma pessoa em termos de técnicas e conhecimento, do que lidar com
destempero, arrogância ou agressividade excessivos. Um colaborador
emocionalmente desequilibrado pode perder grandes negócios e até motivar o
desligamento de outros colaboradores.
Assim como mudam as
circunstâncias, novas atitudes são necessárias. É um processo contínuo, que não
pode ser negligenciado, porque gera e multiplica novas ações e resultados, dos
quais se espera crescimento e progresso. Assim é na vida em família, na vida
acadêmica e profissional. Portanto, as competências pessoais bem direcionadas,
podem refletir no exercício e cumprimento da responsabilidade social, que é de
todos.
Edição n.º 971 - página 07
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