“O que
esperar de um governo novo que já nasce velho? A pergunta ronda toda reeleição,
mas promete ser ainda mais implacável com Dilma Rousseff. A presidente começa o
segundo mandato em clima de ressaca, com a economia estagnada e sua base
política enredada no escândalo da Petrobras. Nem os áulicos mais otimistas
conseguem prever tempos melhores em 2015.” (Bernardo Mello Franco,
Folha de S.Paulo, 01/01/2015)
O articulista da Folha continua
comentando, ainda mais desiludido: “O Ano Novo virá repleto de armadilhas, do
reajuste nas tarifas de ônibus à denúncia dos políticos envolvidos no petrolão.
Para quem acreditou na promessa de "governo novo e ideias novas",
nada poderia ser mais frustrante que o ministério que tomou posse. A decepção
tende a se agravar quando a turma der razão à máxima do Barão de Itararé:
"De onde menos se espera, daí é que não sai nada".
Por outro lado, outro comentarista
político, João Alfredo Lopes Nyegray (GAZETA DO POVO–PR,
29/12/2015) ‒ como grande
parte do povo brasileiro ‒, também não parece muito animado, quando escreve: “Enquanto de um lado o governo não consegue pagar suas próprias contas, do
outro aumenta os próprios gastos. Por causa dessa irracionalidade financeira,
volta à pauta o aumento dos impostos, ainda que já sejamos o país que mais os
paga, ainda que nosso governo seja o que mais arrecada.”
A capa da revista Veja (edição nº 2406, especial /
Retrospectiva, 24/12/2014) mostra os micos que pagamos em 2014: os 7 X 1 da
seleção da Alemanha sobre a do Brasil; o escândalo do Petrolão; a crise da
água; o PIB zero; e as mentiras na campanha eleitoral.
Que pena! A beleza dos fogos de
artifício da virada não durou mais que quinze minutos.
Feliz ano velho!
Ou será que se poderá ser mais otimista
e prever tempos melhores em 2015?
Tomara!
Edição n.º 968 - página 01
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