sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Disfunção Erétil (DE)

A disfunção erétil, antes chamada de impotência, é a incapacidade permanente ou repetida de o homem ter ou manter a ereção. Por muitos anos a disfunção erétil foi um tabu entre os homens, pois o preconceito fazia com que o próprio paciente negasse o problema, dando a impressão irreal de poucos eram acometidos desta doença. No Brasil, a incidência de DE entre homens de 40 a 70 anos está em torno de 46,2 %, projetando-se o aparecimento de cerca de 1 milhão de novos casos por ano, o que faz com que a DE ganhe status de grande importância em saúde publica. A DE está relacionada a vários fatores, sendo a idade avançada e o diabetes, fatores importantes no seu aparecimento.
As causas de DE são classificadas como Orgânicas e Psicogênicas:

Orgânicas:
Vasculares: Hipertensão, sedentarismo, doença das coronárias, tabagismo (cigarro), doença arterial oclusiva e outras.
Neurogênicas: AVC (derrame), Mal de Parkinson, traumatismo raquimedular, neuropatias periféricas, etc.
Endócrinas: Diabetes, Hipogonadismo (queda da Testosterona – hormônio sexual masculino), hipo e hipertireoidismo, etc.
Medicamentosas: antidepressivos, sedativos, alguns anti-hipertensivos e outros.

Psicogênicas:
Stress emocional.
Ansiedade.
Insatisfação com a vida.
Problemas com o trabalho, como diminuição da renda e desemprego .
Problemas de relacionamento: conflitos conjugais, separação.
É freqüente o homem que ficou viúvo ou separou-se,  referir dificuldade em reiniciar sua vida sexual com nova parceira.

Diagnóstico.
O diagnóstico da disfunção erétil é eminentemente clínico, ou seja com base nos dados de história médica e exame clínico. A avaliação laboratorial básica consiste na dosagem da testosterona total e livre, a glicemia de jejum e exames da tireóide. Exames mais específicos como a cavernosografia, cavernosometria, testes neurológicos e outros são relegados a casos muito especiais.
O US DOPPLER colorido com ereção fármaco induzida previamente tem sido utilizada para avaliar baixo fluxo arterial e disfunção veno-oclusiva, também em casos especiais.

Tratamento.
O tratamento muitas vezes se faz apenas por orientação do homem ou do casal sobre a sexualidade . Tentar desfazer a ansiedade que toma conta deste paciente é muito importante. A ansiedade, o stress emocional excessivo  levam a altas concentrações de noradrenalina no sangue circulante, que por sua vez leva a diminuição do fluxo sanguíneo para os corpos cavernosos dificultando a ereção ou a sua manutenção. Os distúrbios emocionais mais importantes devem ser encaminhados para tratamento por psicoterapia.
Quando indicados, após avaliação médica, os medicamentos mais eficazes no tratamento da disfunção erétil são: sildenafila (Viagra), Tadalafila (Cialis), Vardenafila (Levitra) e Lodenafila (Helleva). Estes medicamentos são costumeiramente utilizados minutos antes da relação sexual, com bons resultados. Um esquema terapêutico mais recente é o uso diário da tadalafila na dosagem de 5mg/dia (Cialis diário),  ao invés de 20 mg somente quando tiver  relação, durante 60 a 90 dias. São medicamentos seguros, cuja principal contra-indicação é associação com medicamentos à base de nitrato (para insuficiência coronariana como Sustrate, Monocordil, Isordil e outros).

A Reposição Hormonal, prescrita seguindo alguns critérios,  pode recuperar também a função erétil, além da libido.
Na falência destes medicamentos, a segunda escolha recai sobre as aplicações de injeções de prostraglandinas diretamente nos corpos cavernosos, cerca de 20 minutos antes da relação sexual, com bons resultados. Embora haja uma resistência inicial, os pacientes que se utilizam deste método acostumam-se e tem boa aceitação.
Por fim, quando os métodos anteriores não derem resultados satisfatórios, as Próteses penianas constituem a última alternativa  para o tratamento da DE. Há 2 tipos de próteses: a semiflexivel ou maleável (de menor custo) e as infláveis (de custo bastante elevado, porem mais fisiológicas).

Concluindo então, hoje é permitido ao homem que sente desejo, ter sua vida sexual prolongada até idades avançadas, assim como recuperar a ereção em portadores de algumas doenças crônicas, utilizando-se o método terapêutico adequado para cada caso.






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