A
disfunção erétil, antes chamada de impotência, é a incapacidade permanente ou
repetida de o homem ter ou manter a ereção. Por muitos anos a disfunção erétil
foi um tabu entre os homens, pois o preconceito fazia com que o próprio paciente
negasse o problema, dando a impressão irreal de poucos eram acometidos desta
doença. No Brasil, a incidência de DE entre homens de 40 a 70 anos está em
torno de 46,2 %, projetando-se o aparecimento de cerca de 1 milhão de novos casos
por ano, o que faz com que a DE ganhe status de grande importância em saúde publica.
A DE está relacionada a vários fatores, sendo a idade avançada e o diabetes, fatores
importantes no seu aparecimento.
As
causas de DE são classificadas como Orgânicas e Psicogênicas:
Orgânicas:
Vasculares:
Hipertensão, sedentarismo, doença das coronárias, tabagismo (cigarro), doença arterial
oclusiva e outras.
Neurogênicas:
AVC (derrame), Mal de Parkinson, traumatismo raquimedular, neuropatias
periféricas, etc.
Endócrinas: Diabetes, Hipogonadismo (queda da
Testosterona – hormônio sexual masculino), hipo e hipertireoidismo, etc.
Medicamentosas: antidepressivos, sedativos, alguns anti-hipertensivos e outros.
Psicogênicas:
Stress
emocional.
Ansiedade.
Insatisfação
com a vida.
Problemas
com o trabalho, como diminuição da renda e desemprego .
Problemas
de relacionamento: conflitos conjugais, separação.
É
freqüente o homem que ficou viúvo ou separou-se, referir dificuldade em reiniciar sua vida sexual
com nova parceira.
Diagnóstico.
O
diagnóstico da disfunção erétil é eminentemente clínico, ou seja com base nos
dados de história médica e exame clínico. A avaliação laboratorial básica
consiste na dosagem da testosterona total e livre, a glicemia de jejum e exames
da tireóide. Exames mais específicos como a cavernosografia, cavernosometria, testes
neurológicos e outros são relegados a casos muito especiais.
O
US DOPPLER colorido com ereção fármaco induzida previamente tem sido utilizada
para avaliar baixo fluxo arterial e disfunção veno-oclusiva, também em casos
especiais.
Tratamento.
O
tratamento muitas vezes se faz apenas por orientação do homem ou do casal sobre
a sexualidade . Tentar desfazer a ansiedade que toma conta deste paciente é
muito importante. A ansiedade, o stress emocional excessivo levam a altas concentrações de noradrenalina no
sangue circulante, que por sua vez leva a diminuição do fluxo sanguíneo para os
corpos cavernosos dificultando a ereção ou a sua manutenção. Os distúrbios
emocionais mais importantes devem ser encaminhados para tratamento por
psicoterapia.
Quando
indicados, após avaliação médica, os medicamentos mais eficazes no tratamento
da disfunção erétil são: sildenafila (Viagra), Tadalafila (Cialis), Vardenafila
(Levitra) e Lodenafila (Helleva). Estes medicamentos são costumeiramente utilizados
minutos antes da relação sexual, com bons resultados. Um esquema terapêutico
mais recente é o uso diário da tadalafila na dosagem de 5mg/dia (Cialis diário),
ao invés de 20 mg somente quando tiver relação, durante 60 a 90 dias. São medicamentos
seguros, cuja principal contra-indicação é associação com medicamentos à base
de nitrato (para insuficiência coronariana como Sustrate, Monocordil, Isordil e
outros).
A
Reposição Hormonal, prescrita seguindo alguns critérios, pode recuperar também a função erétil, além da
libido.
Na
falência destes medicamentos, a segunda escolha recai sobre as aplicações de
injeções de prostraglandinas diretamente nos corpos cavernosos, cerca de 20
minutos antes da relação sexual, com bons resultados. Embora haja uma
resistência inicial, os pacientes que se utilizam deste método acostumam-se e
tem boa aceitação.
Por
fim, quando os métodos anteriores não derem resultados satisfatórios, as
Próteses penianas constituem a última alternativa para o tratamento da DE. Há 2 tipos de
próteses: a semiflexivel ou maleável (de menor custo) e as infláveis (de custo bastante
elevado, porem mais fisiológicas).
Concluindo
então, hoje é permitido ao homem que sente desejo, ter sua vida sexual
prolongada até idades avançadas, assim como recuperar a ereção em portadores de
algumas doenças crônicas, utilizando-se o método terapêutico adequado para cada
caso.
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