sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Transformar-se

Antoine Lavoisier foi um químico francês, considerado o pai da química moderna. Viveu entre 1743 à 1794, e é dele a seguinte frase: “Na natureza nada se cria nada se perde, tudo se transforma”.
Nota-se então, que a necessidade de transformação está na base de nossa natureza, e que o status do comodismo, que lutamos para que seja mantido, é o que nos impede de fazer mudanças, por vezes mais que urgentes, e extremamente necessárias.
Por que mudar? Por que sair de nossa zona de conforto emocional?
Esta zona de conforto pode estar situada em sentimentos e atitudes negativas e até mesmo destrutivas, e por estarmos habituados de alguma maneira nos sentimos “em casa”, confortáveis, mesmo que de maneira inconsciente.


Mas a vida nos fornece o recurso da dor para que despertemos, e assim busquemos analisar nossa existência,  nossos valores, atitudes e pensamentos. Independente de qual seja nossa religião ou maneira de ver a Deus, os valores positivos  a moral, a ética são bases necessárias para que haja o respeito, possibilitando uma convivência saudável, onde todos possam viver em harmonia apesar das diferenças.
Transformarmo-nos é necessário para progredirmos e darmos a nossa contribuição dentro da sociedade, mas principalmente para desfrutarmos a vida de maneira mais equilibrada, harmoniosa e pacífica.
O dinamismo da vida atual mostra-nos que não existe lugar, a não ser dentro de hospitais ou clínicas de saúde, para o comodismo.
Você que nos lê, pode perguntar: Porque dizemos isso?
Porque todas as vezes que vamos contra a nossa realidade de Espíritos voltados para a dinâmica do progresso, adoecemos.
A água parada transforma-se em hospedeira de agentes danosos para a nossa saúde e o Espírito que estaciona em sua evolução, cria para si mesmo danos ao seu equilíbrio e o mais complexo, é também agente patogênico para a sociedade que o abriga.
Isso se dá nas próprias emanações de seus pensamentos, que tornam-se viciosos com o passar do tempo. Podemos exemplificar  de forma simples através da postura de um pai na educação de seu filho. Como pedir-lhe respeito para com a sua mãe, se a criança por vezes assiste seus maus tratos verbais para com a esposa?
A viciação comodista, emite energias e, se assimiladas por mentes invigilantes, produzem uma corrente de retroalimentação perniciosa, não somente entre o grupo que se contamina, mas por extensão, envolvem outras mentes desavisadas, criando por vezes, regiões inteiras de enfermidade e desequilíbrio.
André Luiz, através da mediunidade de Chico Xavier, é extremamente claro em sua obra “Os mensageiros”, quando narra sua visita à cidade do Rio de Janeiro, e descreve verdadeiros bolsões de energias desiquilibradas, verdadeiros miasmas produzidos e mantidos pelas mentes de encarnados e desencarnados invigilantes.
Já ensinava Jesus há mais de dois mil anos: “Vigiai e orai, para não cairdes em tentação”.
Diante de nossas conquistas atuais como Espíritos, onde a consciência amplia-se sobremaneira, vamos entendendo de forma objetiva que o Cristo nos ensinava a utilizarmos de uma metodologia saudável, para aplicação imediata no terreno do pensamento. A vigilância impede-nos, se assim o quisermos, de nos transformarmos em foco de emissão contaminadora para nós mesmos e para os outros, tendo a oração como verdadeiro sustentáculo para a nossa fragilidade e inconstância.
Dado que somos, não todos e nem sempre, inconstantes no pensar, está para nós a oração, como processo de mudança vibratória, colocando-nos em relação com a nossa verdadeira realidade, de Espíritos que somos e em contato com o nosso Criador, que sustenta-nos a vida como um todo.
Quando nos abrimos para o processo positivo do bem, através da determinação firme de nos transformarmos, nossa mente sai do círculo vicioso das águas paradas, para a fonte de benefício permanente.
Então, transformar-se é realmente necessário e inteligente. Necessário, porque dessa forma, colaboramos para a implantação de um mundo melhor em nós mesmos, sendo focos de irradiação do bem e do amor e, inteligente, porque evitamos os dissabores de continuarmos a vivenciar as mesmas dores e sofrimentos, que são na sua grande consequência de nossas escolhas enganosas, ou da não aceitação do que a vida nos traz.

A natureza nos ensina na mudança abençoada das estações, que não estamos isolados e somos partícipes dela. Logo, lutar contra a lógica da vida, é querer impor-se diante de Deus e do Universo.

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