Antoine Lavoisier foi um químico
francês, considerado o pai da química moderna. Viveu entre 1743 à 1794, e é
dele a seguinte frase: “Na natureza nada se cria nada se perde, tudo se
transforma”.
Nota-se então, que a
necessidade de transformação está na base de nossa natureza, e que o status do
comodismo, que lutamos para que seja mantido, é o que nos impede de fazer
mudanças, por vezes mais que urgentes, e extremamente necessárias.
Por que mudar? Por que
sair de nossa zona de conforto emocional?
Esta zona de conforto
pode estar situada em sentimentos e atitudes negativas e até mesmo destrutivas,
e por estarmos habituados de alguma maneira nos sentimos “em casa”,
confortáveis, mesmo que de maneira inconsciente.
Mas a vida nos fornece
o recurso da dor para que despertemos, e assim busquemos analisar nossa
existência, nossos valores, atitudes e
pensamentos. Independente de qual seja nossa religião ou maneira de ver a Deus,
os valores positivos a moral, a ética
são bases necessárias para que haja o respeito, possibilitando uma convivência
saudável, onde todos possam viver em harmonia apesar das diferenças.
Transformarmo-nos é
necessário para progredirmos e darmos a nossa contribuição dentro da sociedade,
mas principalmente para desfrutarmos a vida de maneira mais equilibrada,
harmoniosa e pacífica.
O dinamismo da vida
atual mostra-nos que não existe lugar, a não ser dentro de hospitais ou
clínicas de saúde, para o comodismo.
Você que nos lê, pode
perguntar: Porque dizemos isso?
Porque todas as vezes
que vamos contra a nossa realidade de Espíritos voltados para a dinâmica do
progresso, adoecemos.
A água parada
transforma-se em hospedeira de agentes danosos para a nossa saúde e o Espírito
que estaciona em sua evolução, cria para si mesmo danos ao seu equilíbrio e o
mais complexo, é também agente patogênico para a sociedade que o abriga.
Isso se dá nas
próprias emanações de seus pensamentos, que tornam-se viciosos com o passar do
tempo. Podemos exemplificar de forma
simples através da postura de um pai na educação de seu filho. Como pedir-lhe
respeito para com a sua mãe, se a criança por vezes assiste seus maus tratos
verbais para com a esposa?
A viciação comodista, emite
energias e, se assimiladas por mentes invigilantes, produzem uma corrente de
retroalimentação perniciosa, não somente entre o grupo que se contamina, mas
por extensão, envolvem outras mentes desavisadas, criando por vezes, regiões
inteiras de enfermidade e desequilíbrio.
André Luiz, através da
mediunidade de Chico Xavier, é extremamente claro em sua obra “Os mensageiros”,
quando narra sua visita à cidade do Rio de Janeiro, e descreve verdadeiros
bolsões de energias desiquilibradas, verdadeiros miasmas produzidos e mantidos
pelas mentes de encarnados e desencarnados invigilantes.
Já ensinava Jesus há
mais de dois mil anos: “Vigiai e orai, para não cairdes em tentação”.
Diante de nossas
conquistas atuais como Espíritos, onde a consciência amplia-se sobremaneira,
vamos entendendo de forma objetiva que o Cristo nos ensinava a utilizarmos de
uma metodologia saudável, para aplicação imediata no terreno do pensamento. A
vigilância impede-nos, se assim o quisermos, de nos transformarmos em foco de
emissão contaminadora para nós mesmos e para os outros, tendo a oração como
verdadeiro sustentáculo para a nossa fragilidade e inconstância.
Dado que somos, não
todos e nem sempre, inconstantes no pensar, está para nós a oração, como
processo de mudança vibratória, colocando-nos em relação com a nossa verdadeira
realidade, de Espíritos que somos e em contato com o nosso Criador, que
sustenta-nos a vida como um todo.
Quando nos abrimos
para o processo positivo do bem, através da determinação firme de nos
transformarmos, nossa mente sai do círculo vicioso das águas paradas, para a
fonte de benefício permanente.
Então, transformar-se
é realmente necessário e inteligente. Necessário, porque dessa forma,
colaboramos para a implantação de um mundo melhor em nós mesmos, sendo focos de
irradiação do bem e do amor e, inteligente, porque evitamos os dissabores de
continuarmos a vivenciar as mesmas dores e sofrimentos, que são na sua grande
consequência de nossas escolhas enganosas, ou da não aceitação do que a vida
nos traz.
A natureza nos ensina
na mudança abençoada das estações, que não estamos isolados e somos partícipes
dela. Logo, lutar contra a lógica da vida, é querer impor-se diante de Deus e
do Universo.
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