Valinhos está em 1º
lugar entre as 19 cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC), na 5ª
posição estadual e na 12ª entre os 5.565 municípios do país no Atlas do
Desenvolvimento Humano divulgado nesta segunda-feira, dia 29, pelo Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
O município
alcançou o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) de 0,819, considerado
“muito alto” pela ONU, numa medição que vai de 0 a 1: quanto mais próximo de
um, melhor o desenvolvimento humano; quanto mais próximo de 0, pior. Em 2000,
era de 0,741 (“alto”), com a cidade na 18ª posição no país.
Batizado de Atlas
Brasil de 2013, o ranking é composto por três variáveis do desenvolvimento
humano: educação, saúde e renda de cada município e calculado com base nos
dados do Censo Demográfico de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
A longevidade
(saúde) é o fator que mais se destaca no município entre os três utilizados
pela pesquisa. O atual índice mede 0,850, que é considerado “muito alto”. Nesse
quesito, a cidade sempre se destacou, mesmo há 20 anos o índice já era de
0,746. Quanto à renda, o município passou de 0,729 para 0,848 em 2010.
A melhora mais
significativa foi quanto à educação, que partiu de 0,391 para 0,763. O
indicador de educação foi calculado com nova metodologia. No IDHM anterior eram
levadas em conta a taxa de alfabetização e a taxa bruta de frequência à
escola. Nessa, ficou mais exigente e considera os adultos com Ensino
Fundamental e até que ponto os jovens frequentam a escola de forma adequada.
Orgulho e desafios - O prefeito Clayton Machado
comemorou os números da ONU, mas afirmou que é possível avançar muito mais.
“Valinhos é uma cidade vocacionada ao desenvolvimento com qualidade de vida.
Prova disso é que nos últimos 20 anos nossa cidade registra evolução do Índice
de Desenvolvimento Humano Municipal, o que é motivo de orgulho para todos nós
que amamos esta cidade”, disse Clayton.
Clayton Machado
ressaltou, porém, que os índices de desenvolvimento humano “não podem mascarar
a realidade que enfrentamos hoje. Ainda há muito que ser feito. É possível
avançar muito mais", disse o prefeito. “São necessárias obras
estruturantes na área de saneamento básico. A cidade que foi pioneira no
tratamento de esgoto em nível nacional ainda enfrenta problemas graves nessa
área. O bairro São Bento, por exemplo, ainda não dispõe de rede de esgoto. O
setor de abastecimento também requer cuidados, pois as obras do passado recente
não projetaram corretamente o crescimento de Valinhos, fazendo com que o
sistema de abastecimento trabalhe, hoje, 30% acima do limite para fazer frente
à demanda”, exemplificou.
“Também são grandes
os desafios na área de desenvolvimento econômico. Na última década, nossa
cidade perdeu cerca de 200 empresas, o que representou significativa queda na
arrecadação do município que tem hoje, segundo o Tribunal de Contas do Estado,
a terceira maior dívida per capita do Estado de São Paulo", disse Clayton.
Avanço - É a terceira vez que o órgão da ONU
realiza o levantamento sobre a situação nos municípios do país. As outras duas
vezes foram em 1991 e em 2000. Nesses 20 anos, a RMC avançou 43%. A taxa média
da região passou de 0,541 para 0,775, ou seja, na classificação da instituição
passou de “baixa” para “alta”. No Estado, o índice alcançado foi de 0,783.
A classificação do
Brasil mudou de “muito baixo” (0,493 em 1991) para “alto” (0,727), com um
crescimento de 47%, acima da alta da RMC. Hoje, apenas 32 cidades brasileiras
têm índice considerado “muito baixo”. Em 2000, eram 2.328 localidades com IDH
municipal muito baixo.
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